Viciante ... House MD

Quantas vezes já não nos vimos obrigados a ir a um hospital ou a um consultório para diagnosticar rapidamente algo que dói de uma forma estranha, ou uma tosse que não nos abandona dias a fio, ou dores musculares que não passam, ou algo que provoca uma comichão irritante, ou um hematoma que em vez de diminuir continua a crescer...? A resposta deve ser “algumas”, “poucas”, “nenhumas”... Mas o que interessa aqui, não são as raras vezes que somos obrigados a fazer esta visita ao Sr. Doutor, quebrando a nossa rotina, mas sim todos esses “raramentes” que o Sr. Doutor tem de de ver todos os dias, a toda a hora, de forma mais ou menos importante – os nossos quase nunca são o seu sempre. E então?, perguntam vocês - É o trabalho dele, tratar gente, que há de tão especial nisso?...Perguntem isso a Gregory House.

Se estão à espera de uma série de médicos como o E.R. de Clooney desenganem-se, porque este House Medical Department é um universo completamente diferente. Não há macas a entrar e a sair, enfermeiros ensanguentados, operações em grande estilo e decisões de um segundo a decidir a vida e a morte. Não, em House somos confrontados, acima de tudo, com o homem e só depois com as circunstâncias de uma vida hospitalar. Génio, louco, estranho, afável, desafiador, distante, consciente, pragmático, irresponsável. É provavelmente o médico com características mais bipolares da história da TV, e porque não ousar, da realidade?
Depois de um acidente cardio-vascular lhe ter retirado parte da musculatura da perna direita e de ter sido incapaz de tomar a decisão correcta para se salvar, o homem por detrás do médico transformou-se. Criou à sua volta um manto de profissionalismo e impessoalidade para se proteger dos outros, para esconder o seu complexo de inferioridade que é inversamente proporcional ao seu génio. Prova-o a cada episódio, vivendo sob a filosofia que todos os doentes mentem, porque mesmo no consultório médico o sigilo profissional é incapaz de libertar os doentes do sigilo da vergonha social. De onde vem a verdade então? Da mente, sempre da mente. É aqui que entra em acção o cenário médico da série: o Departamento de Diagnóstico depara-se regularmente com pacientes cujos sintomas são anormais, estranhos e desconexos. Para chegar à solução, House reúne-se com a sua equipa de jovens colaboradores, onde se contam Cameron, Chase e Foreman, cada um deles com as características necessárias para complementar o que por vezes escapa ao seu mentor.Tentativa e erro é a técnica: se curar, então é porque estavam certos. Se falhar, é porque não estavam e os riscos são para correr. Viver está nas mãos e na cabeça destas personagens que elevam a medicina a arte, algures entre a certeza absoluta da matemática e as questões mais filosóficas.
O britânico Hugh Laurie empresta a Gregory House uns electrizantes olhos azuis e uma expressão que exala sempre loucura mas genialidade, um coxear genuíno e cansado, uma atitude altiva e segura se de si mesma, mas um semblante frágil e perdido quando é um momento de reflexão que se pede. Não foi com certeza por acaso que teve recentemente direito a uma nomeação para o Emmy de Outstanding Lead Actor.Condimentada com um humor sarcástico fenomenal, ao longo de 24 episódios por season vamos conhecendo pouco a pouco o fabuloso Gregory House, o homem por detrás do médico, de alma e coração deixados em pedaços que cirurgia nenhuma poderia corrigir. Só a vida e a arte de salvar vidas o podem salvar a si mesmo.

Cameron ( Jennifer Morrison )
“You’re here because you’re pretty”

Foi a justificação de House quando a jovem o confrontou com a pergunta do porquê da sua escolha ter recaído sobre ela quando havia tantas alunas melhores no seu curso. A frieza de House contrasta com o calor que emana desta jovem interna, sempre a mais preocupada com os pacientes e com o que eles possam estar a sentir para além das dores físicas que os prendem à doença. É graças a essa preocupação com os outros que Cameron é a única que se aproxima gradualmente de House, tentando percebê-lo e ajudá-lo. A ligação entre os dois é inevitável, mas as barreiras do médico são demasiado poderosas.
Foreman ( Omar Epps)
É calmo, pragmático, de raciocínio claro e inteligente, apesar de não ser brilhante. Quando a solução foge à vista dos outros, é ele quem mais regularmente lança uma luz sobre o assunto, ainda que não chegue logo à solução. House confia bastante no seu trabalho e na sua entrega, e sabe que Foreman é o tipo de pessoa que não desilude. É o seu ponto de segurança.
Chase ( Jesse Spencer )
O jovem australiano é provavelmente o mais parecido com House no que toca a chegar ao raciocínio certo, mas nunca tem a coragem suficiente para o formular e por em prática. Fica quase invariavelmente preso à dúvida, o que não o permite alcançar um estado ainda mais elevado enquanto médico. É também o mais ambicioso, o que o leva a cometer erros demasiado graves, tanto com os pacientes como com os colegas, chocando muitas vezes com os restantes elementos do trio e com o próprio House.
Dr Lisa Cuddy ( Lisa Edelstein )
A directora do Hospital é quem conhece House há mais tempo e a relação entre eles ultrapassa em muito o regular patrão/empregado. Ela sabe que esta é a peça mais preciosa do seu tesouro e permite-lhe quase tudo, apesar de não serem raras as vezes em que se zanga com ele. House respeita-a, apesar de todas as liberdades que tem, e tem com ela uma amizade forte, mas silenciosa. Os momentos de tensão sexual entre os dois são invariavelmente hilariantes.
Dr Wilson ( Robert Sean Leonard )
O companheiro inseparável, aquele a que House conta realmente quase tudo o que o seu Ego lhe permite contar. Nunca, em qualquer situação, mesmo pondo em perigo a sua reputação e lugar, Wilson cedeu ou se acobardou quando era preciso defender House e a sua controversa posição e atitude. É acessível e prático, apesar de não ser um médico exuberante. A competência e simpatia são o seu cartão de visita.






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