15 Desafios
Ruínas
encontradas nos últimos anos podem mudar muito do que sabemos sobre a saga da
humanidade. E lugares conhecidos, como Stonehenge, na Inglaterra, ainda têm o
que revelar. Conheça os 15 maiores desafios apresentados hoje pelo nosso
passado mais remoto
Tiago Cordeiro | 01/08/2012 18h27
Submersa na
costa do Japão, uma pirâmide de 25 m de altura cercada por templos pode fazer
parte da mais antiga cidade já encontrada. Até onde se sabe, a primeira surgiu
na Mesopotâmia, meio mundo longe dali, por volta de 4200 a.C. Pois as ruínas na
ilha Yonaguni seriam quase quatro milênios mais velhas. E esse é só um exemplo
dos novos enigmas que podem virar de ponta-cabeça versões estabelecidas sobre a
trajetória da humanidade.
Falta ainda uma Pedra de Roseta para decifrar o grande mistério remanescente da
Antiguidade: os hieróglifos indianos. Só com algo como o monolito que deu a
chave para entender o Egito antigo, conseguiríamos traduzir essa escrita criada
pelos harappianos, população que surgiu há 5 mil anos e desapareceu sem razão
clara, assim como os rapanuis da ilha de Páscoa. O que levou à extinção desses
povos? A resposta ajudará a evitar que situações parecidas se repitam? É
possível. "A arqueologia é a ciência do futuro", diz Julian Thomas,
diretor do Stonehenge Riverside Project. Esse, aliás, é um dos mais famosos sítios
arqueológicos do mundo e está longe de ser explicado. Pode parecer
contraditório, mas esse é um campo recente do conhecimento. A arqueologia
surgiu no século 15 e só se organizou 400 anos depois. É pouco tempo para
sistematizar teorias sobre a saga de 200 mil anos da nossa espécie. "O
mais difícil é entender o período anterior à escrita", afirma a arqueóloga
Kathryn Hirst, da Universidade de Iowa. Por isso mesmo, as marcas do passado
são tão importantes. Conheça as 15 descobertas (estudadas enquanto você lê esta
reportagem) que hoje mais intrigam os pesquisadores.
15º A Alexandria perdida
Imperador pode ter fundado sua
capital sobre Rhacotis, uma pequena vila
Mistério -
Ainda se buscam o túmulo de Alexandre e referências como a famosa biblioteca
Onde - Costa do Egito
Origem - 331 a.C.
A Alexandria
moderna é a segunda maior cidade do Egito, com 4,1 milhões de habitantes.
Abriga o principal porto do país e um grande centro industrial. Mas poucas
cidades do mundo são tão procuradas por arqueólogos - de preferência os que
sabem nadar. É que, diante da cidade atual, no mar Mediterrâneo, estão os
restos da Alexandria fundada em 331 a.C. por Alexandre, o Grande, uma das mais
influentes cidades de seu tempo. Com os recursos recentes de investigação
submarina, os pesquisadores se acostumaram a encontrar maravilhas na região - o
maior sítio arqueológico debaixo d’água do mundo abriga mais de 2 mil peças,
principalmente estátuas e colunas. Nada disso era conhecido antes de 1991.
"Os artefatos dão um quadro mais completo da vida na cidade", diz o
historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Algumas das descobertas trazem
novas dúvidas a respeito do cotidiano de seus moradores. Até recentemente, não
se imaginava que a cidade havia sido fundada por Alexandre sobre um vilarejo
chamado Rhacotis, mas, a respeito disso, ainda pairam mais dúvidas do que
certezas. Muitos edifícios de renome ainda não foram encontrados, como a
Biblioteca de Alexandria - ingleses suspeitam de sua localização desde 2004,
mas não há confirmação. Também incerto é o paradeiro do túmulo de Alexandre -
há quem duvide até mesmo que seus restos estejam na cidade. Destruída por uma
guerra em 115 e devastada por um tsunami 250 anos depois, a cidade foi
reconstruída várias vezes nos últimos séculos. Os achados no antigo centro do
helenismo podem virar o primeiro museu subaquático do mundo. O problema é que o
sítio é puro caos. Há peças de várias épocas e estilos, hieróglifos de faraós
desde 1880 a.C., colunas gregas e romanas e ainda esculturas de Heliópolis,
cidade que ficava a 230 km de distância. Só o mapeamento da área vai levar
décadas.
14º A primeira metrópole
Tell Brak inovou na forma de
organização das cidades
Mistério - Povo
desconhecido redefine ocupação da Mesopotâmia
Onde - Síria
Origem estimada - Anterior
a 3900 a.C.
Há décadas,
arqueólogos acreditam que as primeiras civilizações do Oriente Médio se
desenvolveram na Mesopotâmia, na terra fértil entre os rios Tigre e Eufrates.
Em 2007, Jason Ur, da Universidade de Harvard, anunciou a descoberta de uma cidade
de 6 mil anos em
Tell Brak. Localizada em 525 mil m2, a metrópole chegou a
ter, por volta de 3900 a.C., um governo rigidamente hierarquizado. Cidades
surgidas no mesmo contexto, como Ur, 300 anos antes, nasciam de um grupo de
nômades, que definia um lugar adequado para se instalar. Tell Brak, porém,
começou como vilarejos dispersos, que se agruparam em direção do centro, como
uma região metropolitana. O que isso significa? Não se sabe ao certo, assim
como são desconhecidos seus habitantes, por que viviam em um lugar tão seco e
que tipo de religião seguiam. Em 2006, em Mugahara, também na Síria, surgiram
evidências de ocupação da área: um mural de 11 mil a.C. e um cemitério de 3800
a.C. cujos corpos tinham os mais antigos sinais de mortes violentas de que se
tem notícia.
13º As esculturas "alienígenas" da Costa Rica
Artefatos chegam a pesar 16
toneladas
Mistério - Civilização
desconhecida
Localização - Rio
Díquis, Costa Rica
Origem estimada - Anterior
ao século 15
Pedras arredondadas com
perfeição ao norte da América Central trazem um desafio diferente aos
pesquisadores. Elas estão na Costa Rica, foram descobertas no delta do rio
Díquis na década de 1930, são cerca de 300 e variam de tamanho, de poucos
centímetros a mais de 2 m de diâmetro. Algumas chegam a pesar 16 toneladas.
Sabe-se que foram obra de mãos humanas. Todas têm como matéria-prima uma rocha
ígnea chamada granodiorito. Mas, para os ufólogos, os artefatos são um sinal
inequívoco de inteligência extraterrestre agindo na Terra - teoria apresentada
em 1971 pelo suíço Erich von Däniken, autor de Eram os Deuses Astronautas?
Os arqueólogos consideram que é tudo trabalho de alguma civilização antiga, já
que as pedras costumam ser encontradas próximas a cerâmicas pré-colombianas.
Qual civilização produziu as esculturas? Como? Ainda não há respostas.
12º Os "astecas" de Cuba...
Ruínas mostram que ilha já
esteve ligada ao México
Mistério - Cidade
submersa de povo incógnito
Onde - Mar
do Caribe
Origem estimada - Desconhecida
Tudo começou há dez anos com um trabalho de exploração no mar do Caribe para
instalar cabos de fibra ótica. Os sonares de uma empresa canadense encontraram,
em área de Cuba, uma pirâmide de pedra com 67 m de altura. Pesquisas
posteriores, com o uso de um minissubmarino, revela que o local, a 650 m de
profundidade, abrigou uma grande cidade. "É impossível que aquelas pedras
colocadas simetricamente sejam obra da natureza", diz o oceanógrafo
Jean-Daniel Stanley, pesquisador do Museu Smithsonian de História Natural. O
instituto é quem está explorando o local. "Não sabemos quem habitou o
lugar ou quando. Mas a localização das construções sugere que Cuba já esteve
ligada ao território mexicano por uma faixa de terra.
11º ...E os dos EUA
Anasazis escavaram palácios e
moradias na rocha
Mistério - De onde
vieram e como desapareceram os anasazis.
Onde - Divisa
dos estados de Utah, Arizona, Novo México e Colorado
Origem estimada - Século
8
No caso dos
anasazis, o começo da civilização é tão misterioso quanto o seu fim. Certo
mesmo é que esses indígenas, que viveram nos EUA, surgiram por volta do século
8. "Não sabemos como eles nomeavam seu próprio povo. Anasazi era o apelido
pejorativo dado pelos índios navajos: ‘Inimigo antigo’", diz John Ware,
diretor da Amerind Foundation. Vizinhos de outros três povos nativos menos
pujantes (mogollon, hohokam e patayan), os anasazis viviam em platôs 2,6 mil
metros acima do mar. Em cânions verticalizados, aproveitaram a rocha para
escavar moradias. Em 1997, foram encontradas pinturas que indicam que eles já
conheciam a tecnologia dos pararraios. Não se sabe exatamente como eles
surgiram e por quê, por volta de século 14, começaram a migrar muito rápido,
aparentemente sem rumo, até desaparecer (ou apenas se diluir entre outros
povos). A culpa seria dos períodos de seca intensa. A tese é contestada, já que
outras fases sem chuva não haviam abatido os nativos. Hoje, vários povos
indígenas americanos se dizem descendentes dos anasazis.
10º A verdadeira Troia
Várias ruínas sobrepostas indicam
ao menos nove cidades
Mistério - A cidade que
teria inspirado os épicos de Homero
Onde -
Hissarlik, Turquia
Origem estimada - 1200
a.C.
Não existe
apenas uma Troia, mas nove, todas na mesma área, e as mais novas construídas
sobre as mais antigas. Cada uma delas vem sendo descoberta desde que
arqueólogos amadores, como o inglês Frank Calvert e o alemão Heinrich
Schliemann, encontraram a primeira e a segunda, em 1865 e em 1871,
respectivamente. Qual foi o cenário da grande guerra descrita por Homero na Ilíada
e na Odisseia? Hoje acredita-se que é a chamada Troia 7. Schliemann, um
obcecado por encontrar a cidade, que, em suas escavações apressadas, destruiu
artefatos importantes, ficaria frustrado. Como muitos que vieram depois dele,
pois o alemão tinha certeza de que sua Troia é que tinha visto as façanhas
descritas pelo historiador grego. Nem sempre se acreditou que Troia ficava na
atual Turquia. Ao longo dos séculos, historiadores chegaram a localizar a
cidade original na costa grega, na Itália, na Croácia e até mesmo na
Escandinávia e na Inglaterra. Foi o achado de um muro e de indícios que
localiza aquele trecho do sítio arqueológico como de 1200 a.C., a época
aproximada do conflito. "Não é impossível que localizemos outras Troias no
mesmo ponto ou mudemos a data estimada de algumas. O local ainda precisa de
muitas investigações", diz Frank Starke, arqueólogo da Universidade de
Tübingen, na Alemanha, que hoje pesquisa o sítio, juntamente com a Universidade
de Ege, na Turquia.
9º Apocalipse na Ilha de Páscoa
Tese tradicional do colapso
ecológico é contestada
Mistério - O que
exterminou os rapanuis?
Onde - Chile
Origem estimada - Século
9
Por volta do ano 800, um
grupo de navegadores polinésios se instalou no lugar que hoje conhecemos como
ilha de Páscoa, um dos pontos mais isolados do planeta. Em 1200, eles já
formavam uma civilização avançada, capaz de construir gigantescas figuras
monolíticas de pedra, os moais. Perto do século 17, os rapanuis desapareceram.
Até recentemente, a tese mais aceita para explicar esse fenômeno era a do
colapso ecológico: a exploração exagerada dos recursos naturais teria
inviabilizado a vida na ilha. Agora essa teoria vem sendo refutada. "A
derrubada de árvores e a extinção de espécies animais simplesmente não explica
o fim. A história é muito mais complexa", diz o arqueólogo Terry Hunt,
professor da Universidade do Havaí que conduziu um estudo de datação de carbono
na ilha. A extinção seria resultado de uma combinação de fatores, incluindo a
proliferação descontrolada de ratos, mudanças climáticas (não provocadas por
humanos, como o aumento de temperatura de 3 oC entre os séculos 12 e 16, talvez
consequência da atividade vulcânica na região), o desaparecimento de florestas
(para erguer os moais) e ainda o contato com exploradores europeus. Até mesmo o
conceito tradicional de que a civilização local desapareceu rapidamente está em
xeque. "Os primeiros relatos que descrevem a ilha como um lugar decadente
são influenciados por preconceitos típicos da Europa da época", afirma
Hunt.
8º A Pompeia da Indonésia
Erupção soterrou Tambora
Mistério - Detalhes
sobre o reino perdido de Tambora
Onde - Ilha
Sumbawa
Origem estimada - Desconhecida
A Indonésia
também tem sua Pompeia, mas ela tem sido estudada só há cinco anos. A cidade,
batizada com o mesmo nome de um vulcão da região, foi completamente destruída
em 1815, quando aconteceu aquela que é tida como a maior erupção já registrada
- matou cerca de 90 mil pessoas e foi pelo menos quatro vezes mais potente que
a famosa explosão do Krakatoa, de 1883. Encontrada em 2006 sob cinzas e
sedimentos na ilha Sumbawa, a provável capital do antigo reino de Tambora tinha
cerca de 10 mil moradores. No local foram achados até agora peças de bronze,
algumas casas e corpos carbonizados (um deles parece o de uma mulher
cozinhando). Até este achado, o reino existia apenas nos relatos de
exploradores britânicos e holandeses, impressionados com o idioma daquele povo,
muito diferente dos demais falados no arquipélago da Indonésia.
7º A mega-Stonehenge
Local pode ter abrigado
sofisticados rituais funerários
Mistério - Construção
era maior e mais complexa do que se imaginava
Onde - Salisbury,
Inglaterra
Origem estimada - 3000
a.C.
Se os maiores mistérios da
arqueologia pudessem ser sintetizados em uma só imagem, seria a das colunas de
Stonehenge. Quanto mais se estuda a construção, menos se sabe sobre ela.
Pesquisadores debatem a respeito de sua origem exata, sua função e até suas
dimensões. Em 2010, foi identificado no subsolo, graças sobretudo a radares,
algo que pode ser mais um conjunto de pedras do complexo, a 1 km de distância
do centro. "O apelo de Stonehenge é enorme. São mais de 1 milhão de
visitantes por ano", diz o historiador Julian Thomas, diretor do
Stonehenge Riverside Project. "Há mais de um século, muitas pessoas se
reúnem ali para celebrar o solstício de verão (o dia mais longo do ano)."
Há seis fases conhecidas de construção do local, estimadas entre 3000 a.C. e
1520 a.C. - a primeira ainda usava estacas de madeira e a última deixou o
legado que conhecemos. Para isso, acredita-se que as pedras de até 50 toneladas
tenham sido levadas por uma distância de 30 km (alguns geólogos, porém,
defendem que elas estavam mais próximas). Entre os séculos 17 e 18, ele foi
considerado um templo druida, ideia superada, assim como a de que ajudaria a
prever eclipses. O lugar já foi considerado também ponto de encontro das tribos
da região (que tem registros humanos há pelo menos 10 mil anos). Mas a hipótese
mais aceita hoje é a mais antiga - a de que servia para homenagear os mortos.
"De fato, há restos humanos", afirma Thomas. E quanto ao novo local,
encontrado no ano passado? O historiador, que lidera uma iniciativa de checar
todos os dados disponíveis atrás de respostas, acredita que poderia ser o ponto
de partida dos rituais funerários - ele era ligado ao monumento central por uma
avenida. Mas também pode ser um cemitério anexo.
6º O sismógrafo de 6 mil anos
Mais de mil blocos de pedra
estão dispostos de modo ordenado em dez filas
Mistério - A função
dos megalitos de Carnac
Onde - França
Origem estimada -
4500 a.C.
Se não existisse
Stonehenge, Carnac seria o sítio arqueológico mais enigmático da Europa. O
lugar consiste de 3 mil megalitos, alinhados ao longo de 12 km na costa oeste
da França. De acordo com a mitologia da região, esse é o resultado de uma ação
do mago Merlin, que teria transformado cada legionário em formação numa pedra.
Por enquanto, sabe-se que o local é obra de humanos do Neolítico e foi erguido
entre 4500 e 3000 a.C. - época em que os construtores de Stonehenge ainda
usavam madeira para erguer a primeira versão de seu monumento. Quanto ao
objetivo da obra, a teoria menos refutada é a de que a formação ajudava a
prever terremotos. Isso porque as pedras alinhadas mudavam de posição com
tremores. Quanto maior a diferença de posição e o local onde ela ocorreu, seria
possível controlar as variações de tremores. "Conheci Carnac nos anos
1960. Nunca mais parei de pesquisar o lugar e ainda sei muito pouco sobre
ele", afirma Roslyn Strong, historiadora e pesquisadora da Neara (New
England Antiquities Research Association). As pedras têm tamanhos diferentes e
em alguns pontos aparecem amontoadas. No trajeto, há túmulos em que,
acredita-se, os construtores haviam deixado artefatos, talvez religiosos. A
maior das linhas em que o sítio se divide, chamada Kermario, apresenta outra
possível resposta para as motivações dos construtores: são 1 029 blocos de
pedra, em dez filas de 1 120 m, que seguem na direção leste e se orientam para
um ponto do céu onde o sol se levanta no solstício de verão (o dia mais longo
do ano). "Estamos muito longe de responder a todas as dúvidas que Carnac
nos apresenta", diz Roslyn, adepta da teoria de que o local é um grande e
sofisticado sismógrafo.
5º A descoberta da Europa
Creta marca migração
Mistério - O homem
chegou à Europa 100 mil anos mais cedo?
Onde - Ilha de
Creta
Origem estimada - 128
mil a.C.
Talvez a mais impressionante descoberta de 2010, liderada pelos arqueólogos
Thomas Strasser e Curtis Runnels, artefatos em Creta devem revolucionar o que
se pensava sobre a ocupação da Europa e a datação das primeiras migrações de
populações africanas pelo mar Mediterrâneo. Na ilha, que fica a meio caminho
entre Europa e África, foram achados pequenos machados de pedra. Encontrados
entre vários outros itens, tinham 130 mil anos e eram semelhantes a outros
achados na África e no sudoeste da Ásia. Até então, aceitava-se que o Homo
sapiens só tinha chegado ali 30 mil anos atrás. A diferença é gigantesca.
"Temos certeza absoluta da nossa datação e acreditamos que os hominídeos
podem ter ocupado a ilha ainda antes", diz Runnels, professor de
arqueologia da Universidade de Boston, que pesquisa a ilha há três décadas.
"Por enquanto, é só o que sabemos."
4º A civilização submersa dos Andes
Achado remete ao mito do
Eldorado
Mistério - Povo
incógnito é anterior aos incas
Onde - Lago
Titicaca, Bolívia
Origem estimada -
Séculos 1 a 6
Desde o início da colonização espanhola na região dominada pelos incas, no
século 16, correm lendas sobre cidades riquíssimas. Uma delas remete a Wanaku,
pré-inca, destruída por uma enchente e uma das várias versões para o mito do
Eldorado. Em 2000, um grupo de pesquisadores da Akakor Geographical Exploring
achou um templo, uma avenida, um muro com 800 m e terras planas, supostamente
usadas para a agricultura. Tudo isso a 30 m de profundidade no lago Titicaca.
"Sem dúvida, o local foi uma cidade anterior aos incas", diz o
oceanógrafo Jean-Daniel Stanley. E esconde mistérios sobre a ocupação do local
há 1,5 mil anos. Os nativos, que consideram o Titicaca o berço do mundo, temem
que as pesquisas tragam maus presságios para a região.
3º Um observatório milenar na Amazônia
Blocos de granito têm corpos
enterrados próximos
Mistério - Houve uma civilização avançada na
Amazônia?
Onde -
Calçoene, Amapá
Origem estimada - Século
11
2º Um novo Egito, no Paquistão
Para pesquisador, escrita
harappiana guarda o último grande enigma da Antiguidade
Mistério -
Hieróglifos escondem detalhes e o destino de uma das primeiras e mais
sofisticadas civilizações conhecidas
Onde -
Paquistão
Origem estimada -
3300 a.C.
O último grande enigma da Antiguidade está na escrita de uma civilização imponente
que desapareceu por volta de 1300 a.C. É o que sustenta o pesquisador Mayank
Vahia, do Tata Institute of Fundamental Research, de Mumbai, na Índia. A
civilização que ocupou a região hoje dividida entre Índia e Paquistão teve 5
milhões de habitantes. Surgiu por volta de 3300 a.C. e atingiu o auge entre
2600 e 1900 a.C. - nessa época, não devia nada para povos contemporâneos.
Os indoarianos ergueram cidades planejadas e praticaram a agricultura
recorrendo a sistemas de drenagem muito eficientes. Entre eles estavam os
primeiros dentistas conhecidos. Artesãos, tecelãos e metalúrgicos também se
destacavam, assim como os comerciantes. Suas rotas de comércio chegaram ao
golfo Pérsico e as feiras que eles realizavam na época sobrevivem, com
pouquíssimas mudanças, até hoje. Entre 1300 e 1000 a.C., os harappianos (como
são hoje conhecidos por causa da sua capital, Harappa) simplesmente sumiram. As
ruínas das cidades da civilização estão cheias de vasos e selos de argila com
desenhos de animais e figuras geométricas, tudo disposto da direita para a
esquerda. Ali estão registradas transações comerciais e informações
administrativas, acredita-se. Mas ainda falta uma Pedra de Roseta, como a que
revelou a escrita egípcia porque tinha a mesma inscrição em grego. A própria
existência de Harappa era desconhecida do Ocidente até 1842. "Sabemos que
esse povo era pacífico e, possivelmente, prezava a igualdade econômica",
diz o arqueólogo Jonathan Kenoyer, professor da Universidade de Wisconsin.
"Mas, enquanto não decodificarmos a escrita dele, vamos continuar fazendo
mais suposições do que afirmações." Sobre o desaparecimento da
civilização, faltam dados e sobram opiniões. Há quem defenda que os governantes
foram incapazes de lidar com tantos habitantes. Como no caso dos maias, também
existem os defensores das causas climáticas - mudanças bruscas de temperatura,
aliadas ao desmatamento, teriam provocado longas secas e migrações. Uma
terceira linha considera que os harappianos foram derrotados militarmente e
incorporados pelos indoarianos.
1º A primeira cidade do mundo?
Construções submersas no Japão,
inclusive templos em forma de pirâmide, teriam sido erguidas em 8 mil a.C.
Mistério -
Pode revelar povo mítico e mudar o que se sabe sobre aocupação do planeta
Onde - Ilha
Yonaguni, Okinawa
Origem estimada - 8 mil
a.C.
Há 26 anos, um
mergulhador percorria os arredores de Okinawa quando esbarrou em uma estrutura
de pedra de 12 m de altura. Fotografou e seguiu adiante. Em 1997, o geólogo
Kimura Masaaki, da Universidade de Ryukyus, foi conferir a estrutura - havia
anos, ele defendia a tese de que aquela região tinha abrigado uma civilização
pré-histórica, que teria deixado marcas culturais na atual população da ilha.
Até então, o que se sabia é que a civilização no Japão surgiu perto de 1000
a.C. Masaaki encontrou oito sítios, interligados entre si e semelhantes ao
desenho de Machu Picchu. Em 4 km2 , a 60 m de profundidade, havia uma pirâmide
de 25 m de altura, cinco templos, um estádio e muros. Certas pedras estavam
esculpidas com imagens de humanos e de animais. Ele acredita tratar-se dos
restos da mais antiga cidade humana. Os primeiros registros nessa linha estão
na Mesopotâmia e datam de cerca de 4000 a.C. "Não temos fósseis e
utensílios, pois essas evidências não são preservadas no mar. Isso dificulta a
datação. Mas pelo tipo de construção (e as ferramentas exigidas para isso) acho
que as estruturas de Yonaguni são de 8 mil a.C.", diz ele. Sabe-se que a
região foi atingida por um tsunami em 2 mil a.C.. Assim, o complexo teria ao
menos 4 mil anos. De início, a descoberta causou polêmica. "Não
identifiquei sinais claros de civilização nas construções. Mas nunca vi
formações marítimas como aquelas", afirma o geólogo Robert Schoch, da
Universidade de Boston. Ele foi o único a colocar em dúvida se as formações são
obra humana. Enquanto geólogos da Universidade de Tóquio confirmavam as
afirmações de Masaaki, a imprensa local relacionava a cidade a míticas
civilizações, como Mu, que teria sido pujante na Ásia até ser engolida pelo
mar. "É possível que o local tenha inspirado os mitos. Mas não dá para
garantir", diz Masaaki - que ainda não tem uma teoria detalhada a respeito
de quem habitou as construções. O fato é que aquelas pessoas podem ter
inaugurado as cidades. "Esse achado muda tudo o que sabemos sobre as
primeiras civilizações. Elas começaram mais cedo e foram mais evoluídas do que
imaginávamos." O Japão ainda não ordenou a preservação da área.
Saiba mais
LIVROS
Archaeology and Modernity, Julian Thomas, Taylor & Francis Inc., 2004.
O diretor do Stonehenge Project apresenta uma visão bastante atual da arqueologia.
A Continent Lost in the Pacific Ocean - Riddle of the Submarine Ruins in the Ryukyu Islands, Kimura Masaaki, Universidade de Ryukyu, 1998.
Sem edição no
Brasil, traz o primeiro balanço das pesquisas do autor sobre a cidade submersa em Okinawa. Desde
então, porém, ele já mudou seu cálculo sobre a datação do local.
http://historiapensante.blogspot.com.br/2012/11/15-enigmas-arqueologicos-que-podem.html
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Oração da Serenidade
Deus,
Dai-me a serenidade para aceitar as
coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.
Dai-me a serenidade para aceitar as
coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.
Comemorando
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K.I.S.S.E.S.
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina Filosófica.
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.
Allan Kardec
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.
Allan Kardec
Oração
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Chico Xavier
“Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.”
“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.”
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.”
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
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"Boas meninas vão para o céu.
Beijo BEM DADO!
Mulher Maravilha
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Robert Pattinson Ai Meu Deus!
Addicted
FREEDOM
Yes, I do
Bruninho bonitinho...
Bruninho bonitinho,
Se vovozinho pegar
Você dormindo no
Meu sofazinho gostosinho,
Vai cortar seu pir*zinho!
Se vovozinho pegar
Você dormindo no
Meu sofazinho gostosinho,
Vai cortar seu pir*zinho!
Seja antes de tudo Humano...
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Janelândia
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“Lembra-te, ó homem, de que és pó e ao pó hás de voltar”.
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