RMS Titanic
RMS Titanic
O RMS Titanic foi um navio transatlântico da Classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte. Na noite de 14 de abril de 1912,
durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta
minutos depois, já na madrugada do dia 15 de abril. Até o seu lançamento em 1912, ele
fora o maior navio de passageiros do mundo.
Com 2.240 pessoas a bordo, o naufrágio resultou na morte de 1.523
pessoas, hierarquizando-o como uma das piores catástrofes marítimas de todos os
tempos. OTitanic provinha
de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi
popularmente referenciado como "inafundável" - na verdade, um folheto
publicitário de 1910, da White Star Line, sobre o Titanic, alegava que ele fora
"concebido para ser inafundável". Foi um grande choque para muitos o
fato de que, apesar da tecnologia avançada e experiente tripulação, o Titanic não só tenha afundado como causado
grande perda de vidas humanas. O frenesi dos meios de comunicação social sobre
as vítimas famosas do Titanic,
as lendas sobre o que aconteceu a bordo do navio, as mudanças resultantes no
direito marítimo, bem como a descoberta do local do naufrágio em 1985 por uma equipe liderada pelo Dr. Robert Ballard fizeram a história do Titanic persistir
famosa desde então.
O fascínio pela trágica história do famoso
transatlântico ficou demonstrado quando da exibição do filme Titanic, de James Cameron. Exibido em fins de 1997 e durante
todo o ano de 1998, o longa-metragem de 194 minutos de duração, com orçamento
recorde de US$ 200 milhões, arrebatou 11 Oscars e
encantou platéias do mundo inteiro, resultando numa das maiores bilheterias da
história do cinema, somando um total de US$ 1,9 bilhões. Com o sucesso do
filme, o interesse pelo Titanic intensificou-se ainda mais, surgindo centenas
de livros, estudos, debates e novas teorias a respeito da causa do naufrágio.
Construção
O Titanic foi construído nos estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, Irlanda do Norte, destinado a competir com os
navios Lusitânia e Mauritânia da
empresa rival Cunard Line. O Titanic, juntamente com os seus
irmãos da classe Olympic,
oOlympic e
o ainda em construção Britannic (originalmente
chamado de Gigantic), se
destinavam a ser os maiores e mais luxuosos navios a operar. Os projetistas
foram Lorde William Pirrie, diretor
de tanto a Harland and Wolff como da White Star, o arquiteto naval Thomas Andrews, gerente de construção e chefe do
departamento de design da Harland and Wolff, e
Alexander Carlisle, o projetista chefe e gerente geral do estaleiro. As responsabilidades de Carlisle
incluiam as decorações, os equipamentos e arranjos gerais, incluindo a
implementação de um sistema eficiente de turcos para os botes. Carlisle iria
deixar o projeto em 1910, antes dos navios serem lançados, quando ele se tornou
um acionista na Welin Davit & Engineering Company Ltd, a companhia que produzia
os turcos.
A construção do RMS Titanic, financiada pelo
americano J. P. Morgan e sua companhia International Mercantile Marine Co.,
começou em 31 de março de 1909. O casco do Titanic
foi lançado ao mar no dia 31 de maio de 1911, e sua equipagem foi concluída
em 31 de março do ano seguinte. Seu comprimento total era de 269,10 m, sua largura
era de 28 m, com tonelagem bruta de 46.328 T e altura, da linha d'água
até o deque de botes, de 18 metros. O Titanic estava equipado com dois motores de quatro cilindros de
expansão tripla, invertido com motores a vapor e uma turbina de baixa pressão Parsons de três hélices. Havia 29 caldeiras alimentadas
por 159 fornos de carvão a combustão que tornaram
possível a velocidade máxima de 23 nós (43 km/h).
Apenas três das quatro chaminés de 19 metros de altura eram funcionais; a
quarta chaminé servia apenas para ventilação; foi adicionada para dar ao navio
uma aparência mais impressionante. O navio podia transportar um total de 3.547
pessoas, entre passageiros e tripulação.
Recursos
O Titanic superou todos os seus rivais em termos
de luxo e a opulência. A seção da Primeira-classe tinha uma piscina, um
ginásio, uma quadra de squash, banhos turcos, banhos elétricos e o Café
Verandah. As salas comuns da Primeira-classe foram adornadas com painéis de
madeira esculpidos, móveis caros e outras decorações. Além disso, o Café Parisien oferecia culinária aos passageiros da
primeira-classe, com uma varanda iluminada pelo Sol. Havia bibliotecas e cabeleireiros
tanto na primeira como na segunda classe. A
sala geral da terceira-classe tinha painéis de pinheiro e móveis robustos. O Titanic incorporou recursos
tecnológicos avançados para a época. Ele tinha três elevadores elétricos, dois
na Primeira-classe e um na Segunda-classe. Ele também tinha um subsistema
elétrico alimentado por geradores a base de vapor, uma fiação elétrica que
cobria todo o navio e dois rádios Marconi, incluindo um de 1.500 W manejado por
dois operadores que trabalhavam em turnos, permitindo contato constante e a
transmissão de muitas mensagens dos passageiros.
Botes
Em sua viagem inaugural, o Titanic carregava um total de 20 botes
salva-vidas de três tipos diferentes:
§
Botes 1 e 2: cúteres de
madeira de emergência: capacidade para 40 pessoas.
§
Botes 3 a 16: botes de madeira:
capacidade para 65 pessoas.
§
Botes A, B, C e D: botes
"desmontáveis" Englehardt: capacidade para 47 pessoas.
Os botes salva-vidas eram predominantemente
guardados em calços no convés dos botes, conectados aos turcos. Todos os botes,
incluindo os desmontáveis, foram colocados no navio por um enorme guindaste em Belfast. Aqueles no lado estibordo tinham os
números pares, 2– 16, da proa a popa, enquanto aqueles do lado bombordo tinham
os números ímpares,1 –15, da proa a popa. Os cúteres de emergência (botes 1 e
2) ficavam balançando do lado de fora do navio, prontos para uso imediato,
enquanto os botes desmontáveis C e D ficavam no convés dos botes, ao lado dos
botes 1 e 2, respectivamente. Os botes desmontáveis A e B ficavam guardados no
telhado dos alojamentos dos oficiais, em ambos os lados da chaminé 1.
Entretanto, não havia turcos montados nos alojamentos dos oficiais para abaixar
os botes, e eles eram pesados mesmo vazios. Durante o naufrágio, abaixar os
desmontáveis A e B foi difícil já que primeiro era necessário deslizá-los por
sobre vigas e/ou remos até o convés dos botes. Durante esse procedimento, o
desmontável B emborcou e subsequentemente ficou flutuando de cabeça para baixo.
Na fase de projeto, Carlisle sugeriu que o Titanic usasse um novo, e maior, tipo de
turco, fabricado pela Welin Davit & Engineering Co Ltd, com cada um podendo
segurar quatro botes. 16 conjuntos desses turcos foram instalados, dando ao Titanic a capacidade de carregar 64 botes de
madeira—uma capacidade total de mais de 4.000 pessoas, comparada a capacidade
total do Titanic de por volta de 3.600 passageiros e
tripulação. Entretanto, a White Star Line decidiu que apenas 16 botes
salva-vidas (16 sendo o mínimo requerido pela Board of Trade, baseado na
tonelagem do Titanic)
seriam carregados (também havia quatro botes dobráveis, chamados de
desmontáveis), que poderiam acomodar apenas 1.178 pessoas (33% de capacidade
total do Titanic). Na
época, as regulações da Board of Trade diziam que os navios britânicos com mais
de 10.000 toneladas deveriam carregar 16 botes com uma capacidade de 160 metros
cúbicos, mais uma capacidade para 75% daquelas dos botes em jangadas e
flutuadores (ou 50% caso o navio possuísse anteparas estanques). Dessa forma, a
White Star Line providenciou mais acomodações em botes do que era legalmente
necessário.
Os regulamentos não haviam sido alterados para
navios maiores desde 1894, quando o maior navio de passageiros sob consideração
era o Lucania, da Cunard,
com 13.000 T. Sir Alfred Chalmers, conselheiro náutico da Board of Trade de
1896 até 1911, tinha considerado o assunto "de tempos em tempos",
porém, por achar que marinheiros experientes teriam de ser levados
"desnecessariamente" a bordo dos navios por nenhum outro motivo além
de manejar e abaixar os botes, ele não considerou necessário aumentar a escala.
Carlisle disse ao inquérito oficial que ele havia
discutido o assunto com J. Bruce Ismay, o diretor da White Star, porém
Ismay disse que ele nunca ouviu nada do tipo, nem de notar de tal disposição
nas plantas que ele havia inspecionado. Dez
dias antes da viagem inaugural, Axel Welin, fabricante dos turcos do Titanic, anunciou que seus
equipamentos haviam sido instalados porque os donos do navio sabiam das futuras
mudanças nos regulamentos, porém Harold Sanderson, vice-presidente da Marinha
Mercante Internacional e antigo gerente geral da White Star Line, negou que
essa havia sido a intenção.
Bombas
O Titanic foi equipado com Cinco Bombas de
Lastro, usadas para equilibrar o navio, e três de esgoto. Dois canos principais de lastro, de
250 mm, corriam por toda a extensão do navio e válvulas controlando a
distribuição de água eram operadas do convés das anteparas. A capacidade total de bombeamento de
todas as oito bombas era de 425.000 galões por hora. Durante o desastre, os engenheiros
reportaram que as bombas conseguiram retardar a inundação da sala da caldeira
n° 6 nos primeiros dez minutos após a colisão. As bombas também mantiveram o
ritmo da inundação da sala da caldeira n° 5. Isso não indica que o navio
poderia manter sua flutuabilidade indefinitivamente, porém, enquanto as bombas
tivessem vapor para alimentá-las, o navio poderia retardar a inundação. OTitanic não poderia naufragar até essas seções
estarem completamente inundadas, anulando o efeito das bombas. Isso não ocorreu
até as 23:50 da noite do naufrágio.
Comparações
com o Olympic
O Titanic era muito semelhante ao seu irmão mais
velho Olympic. Embora possuísse maior espaço
interno, e, por consequência fosse mais pesado, o casco era exatamente do mesmo
comprimento que o do Olympic. Mas havia algumas diferenças. Duas das mais
notáveis eram que mais da metade da parte da frente do deque A de passeio do Titanic fora substituída por janelas
basculantes e a configuração das janelas do deque B diferia das do Olympic.
O Titanic tinha um restaurante especial chamado Café Parisien, uma
característica que o Olympic não tivera até 1913. Alguns dos
defeitos encontrados no Olympic, tais como o rangido na inversão para a
marcha ré, foram corrigidos no Titanic.
As luzes e a iluminação natural do deque A eram arredondadas; enquanto que no Olympic elas eram ovais. A Ponte de comando do Titanic era maior e mais longa que a do Olympic. Essas, e outras
modificações, fizeram do Titanic 1.004 toneladas brutas maior que o Olympic e assim, o maior navio em atividade em
todo o mundo durante sua viagem inaugural em Abril de 1912."
História do navio
Testes
marítimos
Os testes marítmos do Titanic ocorreram pouco tempo depois dele ter
sido equipado nos estaleiros da Harland & Wolff. Os testes estavam
agendados para começar às 10:00 de segunda-feira, 1 de abril, nove dias antes
de partir de Southampton para sua viagem inaugural. Porém, as más condições do
tempo adiaram os testes para o dia seguinte.
A bordo do Titanic estavam 78 foguistas, graxeiros,
bombeiros e 41 membros da tripulação. Ninguém da equipe doméstica parecia estar
a bordo. Representantes de várias companhias viajaram no Titanic durante os testes, incluindo Harold
Sanderson, Thomas Andrews e Edward Wilding, da Harland & Wolff. Bruce Ismay
e Lorde Pirrie estavam muito doentes para comparecer. Jack Phillips e Harold
Bride serviram como operadores de rádio e ajustaram o equipamento Marconi. O
Sr. Carruthers, um inspetor da Board of Trade, também estava presente para ver
se tudo estava funcionando, e se o navio estava apto a receber passageiros.
Depois dos testes, ele assinou um "Acordo e Contas de Viagens e
Tripulação", válido por 12 meses, declarando que o navio estava apto para
viajar.
Viagem
inaugural
O navio iniciou a sua viagem inaugural de Southampton, na Inglaterra, com destino à cidade de Nova York, nos Estados Unidos, na quarta-feira, 10 de Abril de 1912,
com o Capitão Edward J. Smith no comando. Assim que o Titanic deixou o cais, sua esteira provocou a
aproximação do SS New York,
que estava ancorado nas proximidades, rompendo as suas amarras e quase se
chocando com o navio, antes que rebocadores levassem o New York para longe. O
incidente atrasou a partida em meia hora. Depois
de atravessar o Canal da Mancha, o Titanic parou em Cherbourg, França, para receber mais passageiros e parou
novamente no dia seguinte em Queenstown (hoje conhecida como Cobh),
na Irlanda. Já
que as instalações do porto em Queenstown eram inadequadas para um navio de seu
tamanho, o Titanic teve de ancorar ao largo (fora do
porto), com pequenos botes levando os passageiros e bagagens até ele. Quando
finalmente partiu para Nova Iorque, havia 2.240 pessoas a bordo.
John Coffey, um foguista de 23 anos, saltou para
fora do navio em Queenstown, escondendo-se em um dos botes no meio das sacolas
de cartas que estavam destinadas ao continente. Nativo da cidade, ele
provavelmente se juntou ao navio com essa intenção, porém mais tarde ele
afirmou que o motivo dele ter saído do Titanic era um mau presságio que havia tido.
Mais tarde, Coffey se juntou à tripulação do Mauretania.
Na viagem inaugural do Titanic, algumas das mais
importantes pessoas da época estavam viajando na Primeira-classe. Entre elas
estavam o milionário John Jacob Astor IV e sua esposa Madeleine Force Astor,
industrialista Benjamin Guggenheim, o dono da Macy's Isidor Strauss e sua esposa Ida, a
milionária Margaret "Molly" Brown (conhecida mais tarde como
"Inafundável Molly Brown" devido a seus esforços para ajudar outros
passageiros durante o naufrágio), Sir Cosmo Duff-Gordon e sua esposa Lucy, Lady Duff-Gordon,
George Dunton Widener com sua esposa Eleanor e seu filho Harry, jogador de
criquete e empresário John Borland Thayer com sua esposa Marian e seu filho de
17 anos Jack, jornalista William Thomas Stead, a Condessa Noël Leslie, o
assessor presidencial Archibald Butt, escritora Helen Churchill Candee,
escritor Jacques Futrelle e sua esposa May, produtores Henry e Rene Harris, a
atriz Dorothy Gibson, entre outros. O banqueiro J. P. Morgan estava agendado para viajar na viagem
inaugural, porém cancelou no último minuto. Viajando na primeira classe a bordo
do navio estavam o diretor da White Star Line, J. Bruce Ismay, e o construtor do navio, Thomas Andrews, que estava a bordo para observar
qualquer problema e avaliar a performance geral do navio.
Naufrágio
Ao anoitecer de domingo, 14 de abril, a temperatura
tinha caído para quase congelamento e o oceano estava calmo. A Lua não era visível (estando dois dias
antes da Lua Nova), e o céu estava limpo. O Capitão Smith, em resposta aos
avisos de icebergs recebidos
pelo rádio nos dias anteriores, traçou um novo curso que levava o navio um
pouco mais o sul. Às 13:45 daquele dia, uma mensagem do Amerika avisou que grandes icebergs estavam no
caminho do Titanic, porém,
já que Jack Phillips e Harold Bride, os operadores do dispositivo Marconi de
rádio, eram empregados da Marconi e pagos para retransmitir mensagens de e para
os passageiros, eles não estavam focados em retransmitir para a ponte mensagens
"não essenciais" sobre gelo. Mais tarde naquela noite, outro aviso de
um grande número de icebergs, desta vez doMesaba, também não chegou à
ponte.
Às 23h40, enquanto navegavam a 640 km dos Grandes Bancos da Terra Nova, os vigias do
mastro, Frederick Fleet e Reginald Lee, avistaram um iceberg bem em frente do
navio. Fleet imediatamente tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu
o comunicador para falar com a Ponte. Preciosos segundos se perderam até que o
comunicador foi atendido pelo Sexto Oficial Paul Moody onde Fleet gritou
"Iceberg bem em frente". O Primeiro Oficial William Murdoch deu ao timoneiro Robert Hitchens a
ordem de "tudo a bombordo" (esquerda), e ajustou as máquinas para ré
ou para parar, o testemunho dos sobreviventes é conflituoso. A proa do navio começou a deslocar-se
do obstáculo e, 47 segundos após o avistamento do iceberg, houve o choque. O
iceberg "arranhou" o lado estibordo (direito) do navio, deformando e
cortando o casco, e soltando os rebites abaixo da linha d'água por uma extensão
de 90 m. Enquanto a água entrava nos compartimentos dianteiros, Murdoch acionou
o fechamento das portas à prova d'água. O navio conseguiria ficar flutuando com
quatro compartimentos inundados, mas os cinco primeiros compartimentos foram
rasgados e estavam fazendo água. Os compartimentos inundados faziam a proa do
navio ficar mais pesada, causando a entrada de mais água. Vinte minutos após a
colisão, a proa já começava a inclinar. Além disso, por volta de 130 minutos
após a colisão, a água começou a passar do sexto para o sétimo compartimento
sobre a antepara que as dividia. O Capitão Smith, alertado pelo solavanco do
impacto, chegou à ponte e ordenou parada total. Pouco depois da meia-noite de 15
de abril, após uma inspeção feita por oficiais do navio e por Thomas Andrews, foi ordenado que os botes fossem
preparados para lançamento e que sinais de socorro começassem a ser enviados.
Os operadores de rádio Harold Bride e Jack Phillips
estavam ocupados enviando sinais de socorro CQD, e mais tarde SOS.
Vários navios responderam ao chamado, incluindo o navio irmão do Titanic, o Olympic, porém nenhum estava perto o
bastante para chegar a tempo. O navio mais perto a responder o chamado foi o Carpathia, a 93 km de distância, que
poderia chegar em quatro horas — tarde demais para resgatar todos os
passageiros do Titanic. O
único local em terra que recebeu o pedido de socorro do Titanic foi a estação de Cabo Race, em Terra Nova.
Da ponte, as luzes de um outro navio podiam ser
vistas no lado bombordo. A identidade desse navio permanece um mistério até
hoje, porém há teorias sugerindo que o navio em questão era o SS Californian. Já que o navio não estava respondendo
aos chamados do rádio, o Quarto Oficial Joseph Boxhall e o Contramestre Rowe
tentaram sinalizar com um lâmpada Morse e mais tarde com fogos de artifício,
porém o navio nunca respondeu. OCalifornian,
que estava por perto e havia parado pela noite por causa do gelo, também viu
luzes à distância. O rádio do Californian havia sido desligado e o operador
havia ido dormir. Pouco antes de ir dormir às 23:00, o operador do rádio do Californian tentou avisar o Titanic de que havia gelo à frente, porém ele
foi interrompido por um exausto Phillips, que respondeu dizendo: "Cale a
boca, cale a boca, estou ocupado; estou trabalhando Cabo Race",
referindo-se a estação de rádio na Terra Nova. Quando os oficiais do Californian avistaram o navio, eles tentaram
sinalizar com uma lâmpada Morse, porém pareceu que não foram respondidos. Mais
tarde, eles notaram os sinais de socorro do Titanic sobre as luzes e informaram o Capitão
Stanley Lord. Apesar de ter havido muita discussão sobre o navio misterioso,
que para os oficiais em serviço parecia estar se movendo para longe, ninguém do Californian acordou o operador de rádio até de
manhã.
Botes
lançados
Às 0h05,
o Comandante Smith reuniu os oficiais e informou-os do ocorrido. Solicitou que
os passageiros fossem acordados e que se dirigissem ao convés onde se
encontravam os botes salva-vidas para serem evacuados. Sabiam que o número de
botes era suficiente para apenas pouco mais da metade das pessoas a bordo e por
isso pediu para não haver pânico. Os empregados começaram a passar de cabine em
cabine na primeira e segunda classes, acordando os passageiros, solicitando
para colocarem os coletes salva-vidas e se dirigissem ao convés dos botes
imediatamente. Enquanto isso, os passageiros da terceira classe permaneciam
reunidos e trancados no grande salão da terceira classe junto à popa (parte de trás do navio). Muitos
passageiros revoltaram-se, e alguns aventuraram-se pelos labirintos de
corredores no interior do navio para tentar encontrar outra saída. Alguns
conseguiram escapar com vida, mas muitos deles acabaram sepultados dentro do Titanic. A evacuação havia sido
feita de acordo com as classes sociais a que os passageiros pertenciam, valor
até então aceitável.
Às 0h31,
os botes começam a ser preenchidos com "mulheres e crianças
primeiro". Os primeiros botes foram lançados sem alcançar a lotação
máxima. Lightoller segue com rigor as ordens de embarcar somente mulheres e
crianças. Entretanto, a estibordo do navio o Primeiro Oficial Murdock permitia
a entrada de homens solteiros e casais nos botes, após a entrada de mulheres e
crianças, e fazia os botes descer completamente cheios, mesmo com homens, e,
por isso, muitos homens que se salvaram devem a sua vida a esse oficial. Alguns
sobreviventes relataram que a sensação ao caminhar no convés de botes era como
a de estar descendo um monte.
Como o navio mais próximo não respondia nem aos
sinais do telégrafo nem aos sinais da lanterna, às 0h45 o Capitão Smith manda disparar os
foguetes de sinalização. É arriado o primeiro bote salva-vidas nº 7, com apenas
27 pessoas. A fim de evitar o pânico, o capitão solicitou que a orquestra de
bordo viesse tocar junto ao convés dos botes para acalmar os passageiros. A
tradição diz que a banda foi para o fundo a tocar "Nearer My God to
Thee". Segundo o testemunho do segundo operador de rádio, estava a
tocar "Autumn", um hino episcopal.
Enquanto isso, Thomas Andrews tentava ajudar do
jeito que podia, ensinando os passageiros a porem os coletes salva-vidas, mesmo
sabendo que seu esforço não salvaria muitas vidas.
Às 1h25, a inclinação do convés fica maior. Ordens
são dadas para que os botes desçam mais cheios. Thomas Andrews, o
engenheiro-chefe, ajuda na decida dos botes fazendo com que eles sejam
devidamente cheios. A água já atinge o nome do Titanic pintado na proa. O navio
começa a se inclinar para bombordo. Andrews é visto pela última vez na sala
para fumantes da primeira classe.
Enquanto que nos primeiros botes tinha que se
implorar para que as pessoas entrassem, fazendo muitos deles descer
praticamente vazios, nos últimos o tumulto era bem visível. Relatam-se tiros
para conter os mais afoitos. Faltando pouco mais de dois botes para deixar o
navio, os passageiros da terceira classe são liberados. Restavam apenas esses
dois botes e os dois desmontáveis que ficavam junto à base da primeira chaminé.
Devido a confusão, Lightoller sacode sua pistola no ar e provavelmente atira
para manter o controle durante a decida do desmontável ´´D``. A água gélida já
invadia os conveses quando os botes desmontáveis conseguiram ser lançados.
Minutos
finais
Às 2h05,
é arriado o último bote salva-vidas, o desmontável "D", com 44
pessoas. Às 2h10, é
enviado o último sinal pelos telegrafistas. O Capitão Smith ordena "cada
um por si" e não é mais visto por ninguém. Já com a proa mergulhada no mar
e a água a atingir o convés de botes, o pânico é geral. Heroicamente, os
operários da sala de eletricidade resistem até ao final para manter as luzes
enquanto podem. Às 2h18,
as luzes do navio piscam uma vez e depois
apagam-se para sempre.
Na primeira chaminé, os cabos de sustentação, não
aguentando mais a pressão sobre eles, rebentam, e a chaminé tomba na água,
esmagando dezenas de pessoas nos convés e na água, inclusive, John Jacob Astor
IV, homem mais rico no navio. O mesmo acontece com a segunda chaminé. A
inclinação do navio chega aos 19° e a água gélida avança rapidamente, arrasando
tudo o que há pela frente. Muitos são sugados pelas janelas para dentro do
navio pela força das águas. A popa do Titanic sobe, mostrando suas imponentes
hélices de bronze. Quando a inclinação chega ao 29°, maior fica a pressão
exercida no centro do navio, que não suportando a pressão, sofre ruptura do
casco junto à terceira chaminé, dividindo o barco em dois. A popa, pesando
vinte mil toneladas, desaba por cima de dezenas de passageiros, esmagando-os.
Quando a proa submerge, arrasta a popa, deixando-a na vertical; segundos
depois, a proa desprende-se da popa e mergulha para as profundezas. A popa então
sobe alguns metros e fica parada. Muitos passageiros se seguram como podem,
enquanto alguns, não aguentando, caem violentamente entre as ferragens da popa
em vertical. Depois de dois minutos emersa, a popa começa a descer, levando
consigo dezenas de passageiros. Às 2h20 o navio mergulha a pique pelas
profundezas do oceano.
Resgate
dos sobreviventes
Categoria
|
Pessoas a Bordo
|
Número de
Sobreviventes
|
Percentual de
Sobreviventes
|
Número de Mortos
|
Percentual de Mortes
|
Primeira Classe
|
329
|
199
|
60.5 %
|
130
|
39.5 %
|
Segunda Classe
|
285
|
119
|
41.7 %
|
166
|
58.3 %
|
Terceira Classe
|
710
|
174
|
24.5 %
|
536
|
75.5 %
|
Tripulação
|
899
|
214
|
23.8 %
|
685
|
76.2 %
|
Total
|
2.228
|
706
|
31.8 %
|
1.522
|
68.2 %
|
Dos botes, os passageiros assistem às sombras do
navio afundado para sempre no meio de milhares de gritos de pavor e pânico.
Mais de 1.500 pessoas estavam agora lançadas à água congelante. Após a popa desaparecer,
alguns segundos de silêncio são seguidos por uma fina névoa branca acinzentada
sobre o local do naufrágio. Esta névoa foi provocada pela fuligem do carvão e
pelo vapor que ainda havia no interior do navio. O silêncio que parecia imenso
deu lugar a uma infinita gritaria por pedidos de socorro. Os que não morreram
durante o naufrágio agora lutavam para se manter vivos nas águas, tentando
agarrar qualquer coisa que boiasse. Aos passageiros dos botes não restava nada
a fazer a não ser esperar passivamente por socorro. Mas um bote não se limitou
esperar. O bote número 14 comandado pelo Quinto Oficial Harold Lowe
aproximou-se de outro, transferiu os seus passageiros e retornou ao local do
naufrágio para recolher alguns possíveis sobreviventes. Praticamente todos já
haviam morrido de hipotermia. Apenas 6 pessoas foram resgatadas
ainda com vida.
Às 4h10,
de 15 de Abril de 1912, o navio Carpathia resgata
o primeiro bote salva-vidas. No local, apenas duas dezenas de botes flutuando
dispersos entre os destroços. Assim que os primeiros raios de Sol surgiram no
horizonte, outros navios começaram a chegar na área do naufrágio. Entre eles, o Californian. Mas nada mais
havia a fazer a não ser resgatar os corpos que boiavam. A recolha do último
salva-vidas, o desmontável B, que estava virado de proa para baixo, aconteceu
às 8h30. O Carpathia rumou a Nova Iorque com
os sobreviventes pelas 8h50.
Das 2.223 pessoas a bordo, apenas 706 foram resgatadas. Mais de 1.500 (1517)
morreram. Os tripulantes sobreviventes receberam cuidados no American Seamen's Friend Society
Sailors' Home and Institute (Lar
e Instituto da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros), sede da Sociedade
Americana dos Amigos dos Marinheiros.
Depois disso, o nome Titanic, ficou como símbolo de
uma das maiores tragédias marítimas da História. O Capitão Smith e o
engenheiro-chefe Thomas Andrews permaneceram no navio. No entanto, Bruce Ismay,
Presidente da White Star Line,
embarcou num dos últimos botes que deixou o navio. A sociedade da época nunca o
perdoaria por ter tomado esta atitude.
Conclusões dos relatórios de inquérito
Para a Comissão de Inquérito dos EUA foram 1.517 vítimas, para a Câmara de
Comércio Britânica foram 1.503 vítimas, enquanto que para a Comissão de
Inquérito Britânica foram 1.490 vítimas. O número da Câmara de Comércio
Britânica parece o mais convincente, descontado o fogueiro Joseph Coffy e o
cozinheiro Will Briths Jr., que desertaram em Queenstown. Dois inquéritos posteriores
viriam a julgar os culpados pela tragédia: um britânico e quatro americanos.
Com a perda do Titanic e das centenas de pessoas dessa tragédia, as leis que
regiam a construção de transatlânticos foram alteradas. Todos os navios
construídos depois do Titanic teriam que ter botes salva vidas para todos a
bordo. Os telegrafistas teriam que ficar a trabalhar durante a noite. A Patrulha Internacional do Gelo foi criada para
monitorar, alertar e até destruir icebergs que viessem a oferecer riscos à
navegação.
A volta do Titanic
Somente nos finais de 1970 e início de 1980,
um empresário norte-americano patrocinou diversas expedições para tentar
localizar o navio. Nenhuma delas teve êxito. Somente em 1985,
numa expedição oceanográfica franco-americana, o Dr. Robert Ballard descobriu os destroços do Titanic submersos a 3.800 metros (ou 12.600
pés) de profundidade, 153 km ao sul dos Grandes
Bancos de Newfoundland. (Coordenadas:41º 43' 35"
N, 49º 56' 54" W) A notícia correu o mundo. Ele passou a ser conhecido
como "O Descobridor do Titanic". Retornou ao local em 1986,
com uma equipe de filmagem da "National Geographic Society" para
fazer as primeiras filmagens do transatlântico após 73 anos. Desde então, a
empresa "RMS Titanic, Inc" obteve os direitos de realizar operações
de salvamento no local e recuperou mais de 6 mil artefatos do navio. Diversas
empresas de turismo e produtoras de filmes também visitaram o local em veículos
submergíveis tripulados. O estado de preservação dos destroços da proa é
fantástico. Ainda no sitio, encontrou-se o telemotor, onde se encontrava
aparafusado a roda do leme, as enormes âncoras, ainda suspensas pelas suas
grossas correntes, as amuradas, as guardas de protecção contra queda para o
exterior, as janelas do titanic, maior parte delas ainda contêm o vidro. Dentro
da proa, na sala de rádio do Titanic, pode-se observar o painel eléctrico,
componentes do telégrafo, onde Harold Bride e Jack Philips trabalharam
agonizadamente, tentando contactar navios para irem em socorro do Titanic, as
gruas de proa, os guindastes dos botes salva vidas, na parte embaixo do casco,
ainda é possível ver a tinta vermelha, tudo isto em perfeito estado de
preservação. Contudo, a secção de popa está completamente destruída como se no
seu interior tivesse explodido uma potente bomba. Durante anos relatos dos
sobreviventes afirmaram terem ouvido grandes explosões depois do Titanic
desaparecer sob a superfície do oceano, informando que as mesmas provinham das
caldeiras que explodiam devido ao contacto com a água gélida. Contudo essa
teoria foi desacreditada, pois foram descobertas pelo menos 6 caldeiras
intactas espalhadas no campo de detritos causados pelo naufrágio e 2 salas de
caldeiras inteiras na secção de proa, com todas as caldeiras intactas. Além
disso, tripulantes que sobreviveram afirmam que, logo a seguir à colisão, E.J.
Smith ordenou a paragem dos motores, e, nas salas de caldeiras, foram abertas
as válvulas de segurança, que fizeram as caldeiras libertar a enorme pressão
acumulada, ou seja, quando o Titanic afundou, nenhuma das caldeiras tinha
pressão de vapor acumulada. Das poucas coisas reconhecíveis na secção de popa,
destaca-se o motor de estibordo, cujo topo de um dos cilindros se destaca para
fora do casco destruído, o convés do tombadilho da popa, local onde centenas de
pessoas se aglomeraram quando o Titanic se ergueu das águas, enquanto a secção
dianteira desaparecia nas águas, o poço da escada da terceira classe, e cerca
de 2 guindastes de botes salva vidas. O Dr. Ballard retornou ao Titanic em 2004,
para averiguar os danos que o navio sofreu desde o seu descobrimento (1985 - 2004).
Concluiu que as inúmeras expedições e visitas ao local, só serviram para
danificar o sítio arqueológico do Titanic e aceleração da deterioração da
estrutura do navio. Em 2010 uma equipe de investigadores descobriu a bactéria halomonas titanicae nos destroços, e suspeita que ela seja
responsável pelo acelerar da deterioração da estrutura.
Curiosidades
§
Há uma teoria que diz que o RMS
Titanic nunca
afundou e o navio que afundou foi o seu "irmão", o RMS Olympic. A White Star Line teria trocado, propositalmente, o nome
dos navios, para destruir o RMS Olympic que
estava com sérios danos. As semelhanças entre os dois navios eram várias, por
causa disso, ninguém deve ter notado a diferença de um para o outro.
§
14 anos antes da trágica viagem, um
escritor de nome Morgan Robertson (n. 1861 - m. 1915) escreveu um livro
dramático intitulado Futilidade (Original: Futility, or the Wreck of the Titan),
que narrava a história de um navio de nome Titan,
considerado indestrutível, que em uma noite fria de Abril - tal e qual como foi
com Titanic - choca-se com um iceberg e afunda. O mais assombroso é que tanto o
número de mortes referido na história, como a capacidade do navio fictício, e a
maioria das características técnicas do Titaneram
exatamente iguais às do Titanic. Para muitos, não passou de uma estranha e
arrepiante coincidência e, para outros, terá sido uma premonição e,
consequentemente um aviso deixado por Morgan sobre o desastre.
§
Supõe-se que se a colisão do Titanic
com o iceberg tivesse sido frontal, apenas um compartimento ou no máximo 2
teriam ficado destruídos, sendo que o fecho das comportas automáticas
solucionaria o problema, e a viagem poderia prosseguir normalmente.
§
Também se supõe que, caso o iceberg
tivesse sido visto meio minuto antes, a colisão teria sido evitada.
§
Ao ter sido visto o iceberg, o 1º
Oficial ordenou a inversão de marcha dos motores do navio. Porém, à velocidade
a que o navio navegava, mesmo o inigualável poder de torção para as hélices de
seus motores não era suficiente para parar 46.000t que seguiam a 21 nós,
naquele curto espaço que distava o Titanic do iceberg. Contudo, se tivessem
mantido a os motores em marcha normal a todo o vapor, e simplesmente tivessem
virado o leme, à velocidade que iam o Titanic teria se desviado do iceberg,
conseguindo contorná-lo e assim evitar a colisão, sendo apenas necessário
corrigir depois a direção que o Titanic tomaria.
§
Popularmente acreditava-se que os
vigias no cesto do mastro deveriam ter binóculos, em decorrência do fato de que
iriam passar numa zona de icebergs. O não fornecimento do material gerou duras
críticas por parte de entusiastas desinformados, alegando que os vigias tiveram
de trabalhar à vista desarmada. Havia quem acreditasse ainda que com os
binóculos, os procedimentos de emergência poderiam ter sido efetuados muito
antes, pois o iceberg teria sido visto ao longe. Hoje já é de conhecimento
geral o fato de que em noites como a que o Titanic afundou, os marinheiros não
procedem com o uso deste equipamento, visto que em decorrência das miragens
oceânicas o mesmo se torna impreciso e enganoso, sendo mais seguro fazer a
vigia a olho nu.
§
Na altura da colisão, a tripulação do
Titanic pareceu ter avistado luzes no céu e no mar que, seriam do navio SS
Californian, menor, a cerca de 16 km (cerca de 8 milhas marítimas). O
Titanic lançou fogos de artifício para pedir ajuda e, o outro navio pareceu
aproximar-se. Porém, as luzes desapareceram de repente. Consta que seria o
Californian, que se recusou a ajudar o Titanic.
§
O caso do naufrágio gerou um filme de
enorme sucesso, que também se chama Titanic estrelado
pelo premiado ator norte-americano Leonardo DiCaprio. O navio utilizado no filme, é
idêntico ao que naufragou, porém, a embarcação que foi utilizada nas gravações,
é 10 metros menor que o navio original.
§
W. T. Stead, um jornalista, escreveu um conto no qual ele dizia
que o Titanic iria afundar. Mas o curioso é que essa história foi escrita 20
anos antes da tragédia e para sua infelicidade Stead estava abordo do naufrago.
§
William Reeves era um marinheiro, que estava a bordo de um navio
chamado Titanian em 1935, enquanto ele fazia uma viagem para o Canada. No meio
da noite, William sentiu uma sensação de medo tão grande, que simplesmente
tocou o alarme do navio, que conseguiu se desviar de um iceberg por muito
pouco. Contudo, mal sabia Reeves que o lugar onde ele tocou o alarme foi o
mesmo onde o Titanic havia afundado anos antes. Assim o marinheiro que nasceu
no mesmo dia em que o Titanic afundou, conseguiu salvar o Titanian do mesmo
destino que o navio naufragado.
Na época de sua construção o Titanic era o maior navio de
passageiros domundo, sendo ele um grande marco na engenharia
naval. Por esse motivo o barco era muito valioso, o que fez com que um repórter
perguntasse ao construtor do Titanic: “O que o senhor tem a dizer para a imprensa
concernente a segurança o seu navio?”. Em tom irônico o construtor falou:"Nem Deus poderá afundar meu navio.”.
§
Dias depois o todo poderoso Titanic afundou em alto mar após bater
em um iceberg…
Titanic na cultura popular
O naufrágio do Titanic tem sido a base de muitos romances
fictícios descrevendo acontecimentos a bordo do navio. Muitos livros sobre o
desastre também foram escritos desde que o Titanic afundou, o primeiro destes, aparecendo
dentro de meses após o naufrágio. Os sobreviventes Segundo Oficial Lightoller e
alguns passageiros, como Jack Thayer escreveram livros descrevendo suas
experiências. Alguns gostaram do popular livro A Night to Remember publicado
em 1955, do historiador e escritor inglês Walter Lord, que fez uma investigação
independente e entrevistas para descrever os acontecimentos que ocorreram a
bordo do navio.
No livro de 1898, Futilidade,
ou O Naufrágio de Titan (Futility,
ou the Wreck of the Titan)
de Morgan
Robertson, que fora escrito 14 anos antes da viagem fatal do RMS Titanic, foi constatado que a
história apresenta muitos paralelismos com a catástrofe do Titanic; No livro de Robertson,
na sua viagem inaugural um transatlântico chamado Titan, choca-se com um iceberg
em uma calma noite de Abril, enquanto seguia para Nova York. Milhares de
pessoas morrem por não haver botes salva-vidas suficientes. Tanto a própria
história do Titan e na forma de seu desaparecimento,
suportaram muitas semelhanças surpreendentes com o eventual destino do Titanic. O Titanic foi tema de muitos filmes, tanto para
o cinema, quanto para a televisão; Dentre os quais:
O filme, mais amplamente visto é Titanic de 1997,
dirigido por James Cameron e
estrelando Leonardo Di Caprio e Kate Winslet. Gloria Stuart, a velha Rose, então com 86 anos
de idade, voltou às telas em Titanic depois de mais de quarenta anos sem
filmar. Titanic tornou-se
a maior bilheteria da história do cinema americano e mundial até Avatar do mesmo
diretor (segue-se o filme Harry
Potter and the Deathly Hallows: Part 2 em 3º lugar no ranking das três
maiores bilheterias). Também ganhou 11 dos 14 Oscars, empatando comBen-Hur (1959)
e, mais tarde, com O
Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) como os que mais ganharam
prêmios. Está previsto para abril de 2012,
no centenario do Titanic, o retorno da versão cinematografica de 1997 em 3D nos
cinemas mundiais.
A história também foi reproduzida num musical na Broadway, Titanic,
escrito por Peter Stone com música de Maury Yeston. Titanic foi apresentado de 1998 a 2000. O
musical The Unsinkable Molly
Brown da Broadway de 1960
conta a história de vida da sobrevivente Margaret Brown, que incluiu os eventos
no Titanic. O musical foi
escrito por Richard Morris com música de Meredith Willson. A versão
cinematográfica estrelando Debbie Reynolds foi lançada em 1964.
Outros meios de comunicação incluíram Titanic: Adventure Out of Time,
um jogo de computador,
de 1996 que se passava a bordo doTitanic. Starship Titanic era outro jogo de computador, só que
ambientado no universo do livro The
Hitchhiker's Guide to the Galaxy, parodiando o desastre do Titanic. Muitos programas de
televisão fazem referência ao desastre do Titanic.
O programa The Time Tunnelfez uma visita ao navio em
seu primeiro episódio e no desenho animado Futurama os
personagens embarcavam numa nave espacial chamada Titanic. A nave fora partida ao
meio por um buraco negro na
sua viagem inaugural. Outras obras também tiveram poucas referências ao Titanic, por exemplo, no seriado Doctor Who, o personagem título alegou ter
estado a bordo do navio quando ele afundou. Houve um episódio do programa britânico popular, Voyage do The Damned, em seu
especial de Natal 2007, no qual o médico estava a bordo da Nave Espacial
Titanic. Em filmes como Time Bandits, Cavalgada e Os Caça-Fantasmas II o Titanic teve breves aparições. O programa
britânico Upstairs, Downstairs colocou os personagens de Lady
Marjorie Bellamy e Maude Roberts como passageiros a bordo do Titanic quando afundou. Roberts foi colocado
em um bote salva-vidas, enquanto Lady Marjorie afundou junto com o navio.
Em 1982, o célebre cantor italiano de
música popular Francesco
De Gregori lançou o
álbum Titanic, com três
músicas (Titanic, I muscoli del Capitano e L'abbigliamento di un fuochista) que
falavam sobre o navio, bem como seus passageiros e tripulantes. Em 2012, para
comemorar o centenário do Titanic, o cantor Robin Gibb, um dos integrantes do lendário grupo Bee Gees, lançará um album em homenagem ao
navio, intitulado Titanic
Requiem.
O centenário
Em 15 de abril de 2012, o naufrágio do RMS Titanic
completou 100 anos. O filme baseado em sua história, Titanic, foi readaptado em 3D e re-lançado
nos cinemas.
Capitão Edward J. Smith, oficial comandante do Titanic. |
Rota e localização do RMS Titanic. |
Comparação de tamanho entre o Titanic, um Airbus A380, um ônibus, um carro e uma pessoa. |
Interior do navio. |
Interior do navio. |
Interior do navio. |
Interior do navio. |
Interior do navio. |
Interior do navio. |
Ilustração do afundamento do Titanic por Willy Stöwer |
Monumento às vitimas do RMS Titanic, emWashington D.C. |
Poster do filme de 1997 |
O navio no fundo do mar, foto feita 73 anos após o desastre |
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Orson Wells
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"Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor".
"A Vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de Deus não possa protegê-lo".
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Deus,
Dai-me a serenidade para aceitar as
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coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.
Dai-me a serenidade para aceitar as
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como fez Jesus, a este mundo
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K.I.S.S.E.S.
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina Filosófica.
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.
Allan Kardec
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.
Allan Kardec
Oração
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
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Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
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Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Chico Xavier
“Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.”
“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.”
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.”
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
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"Boas meninas vão para o céu.
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