Hemostasia Vs Trombose
A hemostasia, ou coagulação normal do sangue, é essencial para a sobrevivência.
A resposta fisiológica normal, que previne a perda significativa
de sangue após um dano vascular, é chamada de hemostasia. A familiaridade com a hemostasia é
a base para um completo entendimento das principais doenças associadas a
trombose, como tromboembolismo venoso ( TEV ),
aterotrombose ( trombose causada pela ruptura de placas) e derrame
cardioembólico.
O dano ao vaso sanguíneo inicia a seguinte seqüência:
O dano ao vaso sanguíneo inicia a seguinte seqüência:
O vaso se contrai para reduzir o fluxo sanguíneo
· As plaquetas aderem à parede dos vasos no local do trauma
· A ativação e a agregação de plaquetas, somado a uma intrincada
serie de reações enzimáticas que envolvem proteínas de coagulação, produzem fibrinapara formar um conector hemostático
estável.
Este processo afinado serve para manter a integridade do sistema circulatório. No entanto, o processo pode
perder o equilíbrio, levando a morbidade e mortalidade significativas.
Hemostasia anormal
Hemostasia anormal
A coagulação excessiva leva a formação de um trombo,
potencialmente obstruindo o fluxo sanguíneo. Esse é um problema comum,
especialmente em pacientes hospitalizados ou imobilizados. O tromboembolismo
venoso, por exemplo, é um sério problema na União Européia, onde é responsável
por mais de um milhão de eventos ou óbitos todos os anos.
A hemorragia excessiva ocorre quando há falta de certos fatores de coagulação, como nos pacientes com
hemofilia.
A cascata de coagulação
A cascata de coagulação
A coagulação envolve um complexo grupo de reações enzimáticas, que
envolvem aproximadamente 30 proteínas diferentes. O resultado final dessas reações
é a conversão de fibrinogênio, uma proteína solúvel, em tranças insolúveis de fibrina. Junto com as plaquetas, as tranças de fibrinaformam um coágulo sanguíneo estável.
Um modelo em evolução
Um modelo em evolução
Por décadas, a cascata da coagulação foi descrita como tendo dois pontos de
iniciação distintos, chamados de vias extrínseca e intrínseca. Com o tempo, porém, começou a ficar
claro que essas vias não funcionam no corpo como sistemas independentes e
paralelos. A descoberta de que o fator tecidual, complexo do fator VIIa da via extrínseca,
ativa fatores nos dois sistemas sugere que eles são conectados. Essa
descoberta, combinada com uma compreensão desenvolvida do papel das diferentes
células, particularmente as plaquetas sanguíneas, levou a um modelo de coagulação
baseado na célula. Diferente do antigo modelo de cascata extrínseco/intrínseco,
o modelo baseado na célula inclui as interações importantes entre as células
diretamente envolvidas na hemostasia e
os fatores de coagulação. Esse modelo mais fiel
representa a interação entre atividade celular e as proteínas de coagulação que
levam a formação do coágulo.
O Modelo das vias intrínseca e extrínseca
Esse modelo divide a iniciação da coagulação em partes distintas:
a via extrínseca e a via intrínseca. A
via extrínseca é o iniciador primário da coagulação, enquanto a via intrínseca
leva a sucessiva ativação dos fatores IX e X. O fator X ativado (Xa) tem um
papel central na cascata de coagulação, já que está no ponto onde os fatores
extrínseco e intrínseco convergem.
O modelo baseado na célula
O modelo baseado na célula
O modelo baseado na célula identifica as membranas do fator
tecidual que envolvem a célula e as plaquetas, como os locais onde ocorrem a
ativação de fatores de coagulação específicos. Esse modelo apresenta um
processo de três fases: iniciação, ativação e ação da trombina. A iniciação ocorre após o dano
vascular, quando as células que envolvem o fator tecidual se unem ao fator VII
e o ativam. Isso leva a produção de uma pequena quantidade de trombina. A trombina então
ativa plaquetas e co-fatores durante a fase de amplificação. O complexo protrombinase
(que engloba o fator Xa e
co-fatores no limite das plaquetas ativadas) é responsável pela explosão da
produção detrombina, que leva a terceira fase da formação
do coágulo.
Propagação da coagulação: o papel central do fator Xa
Propagação da coagulação: o papel central do fator Xa
O fator Xa desempenha
um papel central no processo de coagulação tanto no modelo antigo das vias
intrínseca e extrínseca, quanto no mais recentemente modelo proposto baseado na
célula.
A cascata de coagulação é disparada quando um dano ao vaso sanguíneo permite
que o sangue entre em contato com fator tecidual (FT) que envolve as células. O fator Xa, com o fator V ativado (Va) como
co-fator, propaga a coagulação ao converter protrombina (fator II) em trombina (fator
IIa). O fator Xa é
o local primário da amplificação no processo: uma molécula do fator Xa catalisa
a formação de aproximadamente 1.000 moléculas de trombina. Por
essa razão, o desenvolvimento de drogas que inibam o fator Xa é
uma promissora e ativa área de pesquisa farmacêutica.
Último passo: formação da fibrina
Último passo: formação da fibrina
No último passo das reações enzimáticas que levam a formação do
coágulo, a trombina dispara
a conversão da proteína solúvel fibrinogênio em tranças insolúveis de fibrina. A trombina também
ativa o fator XII, que estabiliza o coágulo ao ligar se a fibrina. A fibrina resultante
captura e retém componentes celulares do coágulo (plaquetas e/ou glóbulos
vermelhos).
Fibrinólise: Restaurando o fluxo sanguíneo
Fibrinólise: Restaurando o fluxo sanguíneo
Fibrinólise, como o próprio termo implica, é o processo que
dissolve a fibrina. Ele leva a dissolução do coágulo.
Plasminogênio é o precursor da plasmina, que quebra os coágulos de fibrina. Durante a formação inicial do coágulo,
os ativadores do plasminogênio são inibidos. Com o tempo, as células
endoteliais começam a secretar os ativadores tissulares de plasminogênio para
começar a dissolver o coágulo conforme a integridade estrutural do vaso
sanguíneo é restaurada. Medicamentos que convertem plasminogênio em plasmina são
usados para tratar de problemas tromboembólicos agudos que ameaçam a vida, como
o infarto do miocárdio.
Como o médico
diagnostica?
O médico pode diagnosticar uma
tromboflebite superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia
afetada (sob a pele). No entanto, a TVP pode se apresentar com sintomas não tão
exuberantes, dificultando seu diagnóstico. Para ter segurança, o médico pode
solicitar exames especiais como o Eco Color Dopper ou a flebografia. Há quem
solicite um exame de sangue para dosagem de uma substância, chamada Dímero D,
que se apresenta em níveis elevados quando ocorre uma trombose aguda. Embora o
teste do Dímero D seja muito sensível, não é muito conclusivo, visto que ele
pode estar elevado em outras situações.
Prevenção
A principal
providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue venoso circular,
facilitando seu retorno ao coração.
Dentro do possível, atente para estas recomendações:
• Faça caminhadas regularmente.
• Nas situações em que necessite permanecer sentado por muito tempo, procure
movimentar os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura.
• Quando estiver em pé parado, mova-se discretamente como se estivesse andando
sem sair do lugar.
• Antes das viagens de longa distância, fale com seu médico sobre a
possibilidade de usar alguma medicação preventiva.
• Quando permanecer acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. Se
necessário, solicite ajuda de alguém.
• Evite qualquer uma daquelas condições que favorecem a formação do coágulo
dentro da veia, descritas anteriormente.
• Evite fumar e o sedentarismo.
• Controle seu peso.
• Se você necessita fazer uso de hormônios ou já foi acometido de trombose ou
tem história familiar de tendência à trombose (trombofilia), consulte
regularmente seu médico.
• Use meia elástica se seu tornozelo incha com freqüência.
• Nunca se automedique
Vitamina
K: metabolismo, fontes e interação com o anticoagulante varfarina
RESUMO
A
vitamina K é lipossolúvel, principalmente, na coagulação sanguínea. Se
apresenta sob as formas de filoquinona (K1-predominante),
dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2) e menadiona (K3).
Os fatores que interferem em sua absorção são: má absorção gastrintestinal,
secreção biliar, ingestão insuficiente e uso de anticoagulantes, entre outros. As
principais fontes de vitamina K são os vegetais e óleos, sendo esses os
responsáveis pelo aumento da absorção da filoquinona. Os alimentos folhosos
verde escuro, os preparados à base de óleo, oleaginosas e frutas como o kiwi,
abacate, uva, ameixa e figo contêm teores significantes de vitamina K, enquanto
que os cereais, grãos, pães e laticínios possuem teores discretos. A ingestão
diária de aproximadamente 1µg por quilo de peso é considerada a mais segura,
inclusive para a utilização de anticoagulantes orais, em que a concentração
estável da vitamina proporciona a eficácia no tratamento. A droga
anticoagulante oral geralmente utilizada é a varfarina, administrada como
profilática e para tratamento de fenômenos tromboembólicos. Essa intervenção
medicamentosa é monitorada pelo tempo de protrombina expresso pela razão
normalizada internacional, tendo como objetivo estabelecer a faixa terapêutica
entre 2 e 3, minimizando o risco de hemorragias. O efeito anticoagulante pode
ser reduzido por fatores como ganho de peso, diarréia, vômito, idade menor que
40 anos e consumo excessivo de vitamina K na dieta alimentar.
Palavras-chave: vitamina K,
filoquinona, anticoagulação, varfarina.
INTRODUÇÃO
As
vitaminas são substâncias orgânicas presentes em pequena quantidade nos
alimentos, tendo por finalidade a participação em variadas reações metabólicas
controladas por enzimas e coenzimas. São indispensáveis ao funcionamento do
organismo na forma de co-fatores. Em algumas enzimas o co-fator é um
participante direto do processo catalítico, em outras serve como um
transportador transitório de algum grupo funcional específico derivado do
substrato. Esses co-fatores enzimáticos são essenciais para a ação de muitas
enzimas, desempenhando um papel vital no metabolismo celular. O organismo
humano promove a síntese de algumas vitaminas, necessitando, no entanto, do
suprimento alimentar.
As
vitaminas ocorrem na natureza como tal ou sob a forma de precursores, que são
ingeridos através dos alimentos. As microquantidades necessárias variam em
função da idade, sexo, estado fisiológico e atividade física do indivíduo. A
necessidade é aumentada nos processos de crescimento, gestação, lactação,
condições de esforços intensos e na ocorrência de determinadas doenças. Podem
ser classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis, segundo as características
físico-químicas e propriedades fisiológicas(1, 2, 3).
Dentre
as vitaminas lipossolúveis encontra-se a vitamina K, que foi descoberta em 1929
por Henrik Dam num estudo com galinhas, no qual pôde observar a hemorragia como
sinal característico de uma dieta livre de gorduras. Posteriormente, em 1935,
foi relatado por Dam que o sintoma era aliviado pela ingestão de uma substância
solúvel em gordura, a qual denominou vitamina K ou vitamina da coagulação(1,
4). A designação vitamina K deriva da primeira letra da palavra
dinamarquesa koagulation(5).
Em 1939, Dam e Doisy isolaram-na da alfafa, determinando sua estrutura: 2
metil-3phytyl-1,4naftoquinona(4, 6). A vitamina K encontra-se em
alimentos animais e vegetais, com a maior concentração em folhas verde escura(7).
As formas da vitamina K são:
- Filoquinona (vitamina K1)
que é a forma predominante(8-11), presente nos vegetais, sendo os
óleos vegetais e as hortaliças suas fontes mais significativas(6-8, 11-13).
- Dihidrofiloquinona (dK), formada
durante a hidrogenação comercial de óleos vegetais(7, 11).
-
Menaquinona (vitamina K2), sintetizada por bactérias, podendo variar
de MK4 a MK13 (série de vitaminas designadas MK-n,
sendo n o número de resíduos isoprenóides). Presente em produtos animais e
alimentos fermentados(10, 11, 14-17).
-
Menadiona (vitamina K3) que é um composto sintético a ser convertido
em K2 no intestino(4,
6, 18, 19).
Esse
trabalho teve como objetivo revisar a literatura sobre a vitamina K, metabolismo,
biodisponibilidade, recomendações, teores presentes nos alimentos e a
interferência em tratamento com o anticoagulante oral varfarina sódica.
METABOLISMO
A
vitamina K é absorvida no intestino delgado e transportada pelas vias
linfáticas. Necessita de um fluxo normal de bile e suco pancreático, além de um
teor adequado de gordura na dieta(5). Alguns fatores podem
interferir na absorção como a fisiologia do indivíduo, doenças específicas, má
absorção gastrintestinal, secreção biliar, estado nutricional, ingestão
insuficiente das fontes dessa vitamina, uso de anticoagulantes cumarínicos,
nutrição parenteral total (NPT) e ingestão de megadoses de vitaminas A e E
(antagonistas da vitamina K)(19). As maiores lipoproteínas
carreadoras da vitamina K são os triglicérides, explicando a relação entre
filoquinona e triglicérides plasmáticos(6, 15). Independentemente da
dose consumida, 20% é excretada pela urina em três dias, enquanto que entre 40
e 50% pelas fezes. Esse catabolismo mostra a rápida depleção das reservas
hepáticas em pessoas com dieta pobre em vitamina K (20).
A
menor concentração plasmática encontra-se na terceira década de vida para ambos
os sexos, sendo aumentada após esse período(6). Os indivíduos acima
de 60 anos (principalmente as mulheres) apresentam concentrações maiores que os
abaixo de 40 anos. Isso pode se dever ao fato de que as pessoas da terceira
idade consomem mais filoquinona que os de 20 a 50 anos(8, 12). Foi relatado
que os ossos podem agir como repositores de filoquinona e menaquinona em
pessoas idosas(15). A deficiência da vitamina K é detectada através
de sintomas como hemorragias, equimoses, melena, hematúria, hematêmese e
osteoporose(6).
FUNÇÕES DA VITAMINA K
A
vitamina K atua como co-fator para a carboxilação de resíduos específicos de
ácido glutâmico para formar o ácido gama carboxiglutâmico (Gla), aminoácido
presente nos fatores de coagulação (fatores II, VII, IX e X)(6, 7, 15) e que se apresenta ligado ao cálcio,
podendo, ainda, regular a disposição do elemento cálcio na matriz óssea como
parte da osteocalcina. A osteocalcina (proteína do osso) é uma das mais
freqüentes proteínas não-colagenosas na matriz extracelular do osso. Sua
dosagem no sangue constitui importante marcador biológico da atividade
osteoblástica. Há evidências de que a vitamina K seja importante no
desenvolvimento precoce do esqueleto e na manutenção do osso maduro sadio(6,
15).
Quanto
à coagulação sanguínea, ocorre a transformação do fibrinogênio em fibrina
insolúvel com a interferência de uma enzima proteolítica (trombina), que se
origina da protrombina (fator II), através de fatores dependentes da vitamina
K: a pró-convertina (fator VII), o fator anti-hemofílico B (fator IX) e o fator
Stuart (fator X). A vitamina K influi, ainda, na síntese de proteínas presentes
no plasma, rins e talvez outros tecidos(5). A carboxilação da
vitamina K está envolvida, portanto, na homeostase, metabolismo ósseo e
crescimento celular(7, 16, 21). Estudos prévios mostraram efeitos
inibitórios do crescimento de várias células neoplásicas (mieloma –human
myeloma cell lines e non-myelomatous cell lines), provocados pela vitamina
K2(22) e
redução do risco de eventos mutagênicos na fase de proliferação celular rápida
em fetos e recém-nascidos pré-termos. Alguns estudos apontam a hipovitaminose K
como responsável pela hemorragia retroplacentária de abortamentos habituais(5).
Níveis séricos da vitamina K
Nas
pessoas saudáveis em jejum, a concentração de vitamina K plasmática
(filoquinona) é menor que 1 ng/ml (1 ng/ml = 2,2 nmol/l), não existindo
proteína carregadora específica. Medidas como a dosagem da vitamina K
plasmática podem ser utilizadas, porém, os métodos disponíveis não são práticos
para uma avaliação rotineira(5). A concentração da filoquinona
plasmática não se correlaciona adequadamente com o estado nutricional da
vitamina K, pois é dependente da ingestão recente da vitamina em 24 horas(8).
A
excreção urinária de Gla, proteína induzida pela deficiência ou antagonismo de
vitamina K, e a osteocalcina pouco carboxilada – under carboxylated osteocalcin (ucOc) - são os indicadores do estado
nutricional. A ucOc é o marcador, mais sensível, no antagonismo à vitamina K
resultante da inibição da enzima epóxi-redutase (pelo tratamento com a
varfarina), que produz efeito diverso na produção de proteínas por diferentes
tecidos, juntamente com o déficit na ingestão de vitamina K, em que a
osteocalcina circulante parece ser a primeira proteína Gla a aparecer no
plasma, na forma descarboxilada(6).
BIODISPONIBILIDADE DA VITAMINA K
A
biodisponibilidade é definida como a proporção da vitamina ingerida que sofre a
absorção intestinal e conseqüente aproveitamento pelo corpo. A absorção da
filoquinona presente nos vegetais é um processo lento, sendo influenciado por
fatores digestivos. Já a presença de gorduras na dieta possibilita um aumento
na absorção (podendo conter de 30-60 µg de dK em 100 g do alimento),
possivelmente pelo estímulo da secreção biliar e formação de micelas(6, 8,
12, 19). O fato de a filoquinona estar associada a tecidos que realizam a
fotossíntese faz com que os vegetais contenham os maiores teores dessa
substância. Trinta por cento do total do teor da vitamina K nos alimentos se
apresentam sob a forma de dK, mas é menos ativa biologicamente que a
filoquinona(12). A casca das frutas e dos vegetais parece conter
maiores concentrações da vitamina que a polpa(6, 9). As preparações
vegetais secas e congeladas não diferem do conteúdo da vitamina em comparação
aos vegetais frescos(6). A vitamina K presente nos óleos vegetais é
estável ao calor, mas é destruída pela luz, tanto natural quanto fluorescente.
A exemplo disso, foi verificado que o óleo de canola perde 87% da vitamina K
após ser exposto por dois dias à luz solar(6, 23).
A
quantidade de vitamina K1 presente
nos alimentos é influenciada por fatores como a fertilização e condições do
solo, clima, área geográfica, estado de maturação e variação sazonal, sendo
verificado que os meses de verão aumentam mais a quantidade da filoquinona que
os meses de inverno(6, 9). Alguns estudos, entretanto, contestam
essa versão(8).
FONTES ALIMENTARES
Um
dos métodos utilizados para a determinação da vitamina K nos alimentos é a
cromatografia líquida de alta eficiência. Pode ser executado à temperatura
ambiente e sem derivação das substâncias, utilizando a detecção por
propriedades de fluorescência dos compostos que realizam a função das vitaminas
(2, 11).
A
vitamina K, nos alimentos, pode variar de 1µg por 100 ml de leite a 400 µg por 100 g em hortaliças. As
sopas e carnes são fontes pobres de filoquinona (6, 7, 10, 15), mas, dependendo dos ingredientes da
preparação, as sopas, os queijos, carnes processadas e pratos mistos podem ter
seus teores elevados (10). Os leites não são considerados fonte,
assim como os queijos que contêm de 5-20 µg/100 g de menaquinona MK8 e 9(15,
16, 24). Os peixes, cereais e grãos contêm pequenas quantidades, porém
têm seu teor elevado em preparações com adição de óleos (14, 15). A
farinha de aveia crua tem concentração mais alta de K1 que a cozida, devido ao efeito de
diluição criado na adição de água durante a preparação. Os pães e o arroz são
fontes pobres (14). Os tubérculos e bulbos como a batata, rabanete e
cebola contêm traço de filoquinona, sendo que entre as raízes, somente a
cenoura contém teor maior ou igual a 8,3 µg/100 g. As frutas cítricas contêm
baixos teores, tendo como exceção o kiwi, abacate, ameixa seca, figo, amora
silvestre, blueberries e as uvas, que contêm de 15,6 a 59,5 µgK1/100
g. Os sucos de frutas são as menores fontes de vitamina K(18, 24).
Os
lanches e sobremesas contêm valores intermediários de filoquinona, variando de
2,9-20 µg e 0-14 µg/100 g de alimento, respectivamente. Alimentos cozidos e
processados contêm de moderada a alta quantidade, levando-se em consideração
que, geralmente, o consumo diário desses alimentos pode ultrapassar 100 g , tornando-os fontes significativas
(24). Os produtos derivados do tomate que contêm salsa, óleo ou
ingredientes como ervas em sua composição, possuem teores maiores da vitamina
que os demais. Certas oleaginosas como nozes e caju têm teores significantes de
vitamina K(8, 9). As folhas de chá e os grãos do café também possuem
quantidades significativas de filoquinona (25). Foi constatado que há
diferentes concentrações de vitamina K1 entre duas marcas de chá preto e de
chá de ervas verdes, indicando que fatores como estocagem, processamento,
colheita e origem geográfica podem interferir no conteúdo de vitamina K1 nos chás. Em relação ao café, o
conteúdo pode variar de 0,5-25 µg/100 g. A vitamina K1 presente nos grãos de café depois do
preparo foi significativamente menor que a concentração anterior ao preparo.
Mesmo que as folhas de chá e os grãos de café contenham alta concentração de
vitamina K, a bebida pronta para consumo não é considerada como fonte dessa vitamina
(8). O café instantâneo não é fonte nem antes, nem após o preparo (25).
Quanto
aos alimentos ricos em
vitamina K , o grupo dos vegetais folhosos verde escuro contém
a maior concentração, como, por exemplo, espinafre,
brócolis e alguns tipos de alface, variando de 0,03-440 µgK1/100
g de alimento(8, 9). A preparação de creme de espinafre foi
considerada uma das maiores fontes, contendo 292 µgK1/100 g de alimento
(24). As segundas maiores fontes de filoquinona são os óleos e gorduras
(0,3-193 µgK1/100 g de alimento). Por isso, ao serem acrescentados
aos alimentos ou preparações, ocorre aumento da vitamina K(8, 10). A
manteiga pode conter até 10 µg em 100
g , enquanto que os óleos vegetais de canola e soja de
127-193 µg por 100 g .
Os óleos de soja, canola, algodão e oliva têm maiores teores de vitamina K1 que os de amendoim e de milho(8
,9, 11, 24). As gorduras derivadas de óleos vegetais como a margarina,
maionese e temperos para salada contêm mais filoquinona comparada à gordura de
origem animal, como a manteiga, por exemplo. Os produtos fermentados à base de
soja contêm quantidades importantes(15, 16, 24). Os fast foodscomo hambúrgueres, pizzas,
sanduíches de frango ou de peixe e petiscos contêm altos teores de filoquinona
(5,9 a
19,3 µg/100 g) comparados às demais carnes(7, 11), assim como os
produtos processados que contêm óleo ou gordura como panquecas, wafles e lanches matinais que também contêm
alta concentração(14).
A
dK é encontrada em altas doses nos nuggets de frango e tender (15,9 e 20 µgdK/100 g,
respectivamente), sendo também identificada em fórmulas infantis preparadas com
gorduras (30-60 µgdK/100 g de alimento)(7, 8, 11).
DICAS
DIETÉTICAS
-
Utilizar a mínima quantidade possível de óleos e gorduras, como adição no
preparo dos alimentos;
-
Evitar o consumo de produtos industrializados à base de óleos, salsa ou ervas
(molhos prontos, sopas de pacote, temperos concentrados em tabletes);
-
Consumir alimentos conservados em salmoura ao invés da conservação em óleo (ex:
atum em lata);
-
Remover cascas de frutas e legumes, por possuírem maior concentração da
vitamina K que a polpa;
-
Utilizar, preferivelmente, queijos ou geléias nas pequenas refeições, ao invés
de manteigas e margarinas;
-
Evitar a substituição de refeições como almoço e jantar, por lanches e
petiscos;
-
Manter constante a ingestão diária de vitamina K, evitando grandes variações
quantitativas, pois os alimentos fonte de filoquinona também são importantes
para o controle de distúrbios metabólicos como as dislipidemias, por exemplo(26).
RECOMENDAÇÕES
DIETÉTICAS
A
ingestão diária recomendada (IDR) é a quantidade de vitaminas e de outros
nutrientes que deve ser consumida diariamente para atender às necessidades
nutricionais da maior parte dos indivíduos e grupos de pessoas da população
sadia (27,
28).
INutricionista da
Divisão de Nutrição e Dietética (DND) do Ambulatório de Síndrome
Antifosfolípide (SAF) do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Saúde Pública e
Envelhecimento pela Faculdade de Saúde Pública da USP
IIMédico assistente, Doutor do Serviço de Reumatologia e Chefe do
Ambulatório de SAF do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Receita:
Espinafre ao Creme
Ingredientes:
150 g de presunto cozido
1 colher (sopa) de manteiga
1 maço de espinafre
1 caixinha de creme de leite
50 g de queijo parmesão ralado
Sal a gosto
150 g de presunto cozido
1 colher (sopa) de manteiga
1 maço de espinafre
1 caixinha de creme de leite
50 g de queijo parmesão ralado
Sal a gosto
Modo de Preparar:
Corte o presunto em cubinhos e refogue na manteiga. Misture o espinafre aferventado, escorrido e picado grosso e mantenha no fogo por 5 minutos, mexendo sempre.
Acrescente o creme de leite, o queijo ralado e o sal e mexa até engrossar.
Sirva imediatamente.
Corte o presunto em cubinhos e refogue na manteiga. Misture o espinafre aferventado, escorrido e picado grosso e mantenha no fogo por 5 minutos, mexendo sempre.
Acrescente o creme de leite, o queijo ralado e o sal e mexa até engrossar.
Sirva imediatamente.
Dicas:
Ótimo acompanhamento para carnes e aves e peixes. Também pode ser servido como molho para massas.
Ótimo acompanhamento para carnes e aves e peixes. Também pode ser servido como molho para massas.
goiabadademarmelo.wordpress.com/2012/01/12/espinafre-ao-creme/
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Oração da Serenidade
Deus,
Dai-me a serenidade para aceitar as
coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.
Dai-me a serenidade para aceitar as
coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.
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K.I.S.S.E.S.
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina Filosófica.
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.
Allan Kardec
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.
Allan Kardec
Oração
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Chico Xavier
“Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.”
“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.”
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
“Tudo é amor. Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.”
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
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"Boas meninas vão para o céu.
Beijo BEM DADO!
Mulher Maravilha
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Addicted
FREEDOM
Yes, I do
Bruninho bonitinho...
Bruninho bonitinho,
Se vovozinho pegar
Você dormindo no
Meu sofazinho gostosinho,
Vai cortar seu pir*zinho!
Se vovozinho pegar
Você dormindo no
Meu sofazinho gostosinho,
Vai cortar seu pir*zinho!
Seja antes de tudo Humano...
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