JANE ENTRE LINHAS: Santos 'Duros na Queda'!

Santos 'Duros na Queda'!

Quando pensamos em Santos, os vemos como criaturas celestiais, anjos na terra. Mas a história está repleta de pessoas surpreendentes que vieram a serem canonizados. Esta lista analisa dez santos. Alguns são até difíceis de acreditar de terem caminhado sobre a Terra - homens e mulheres que não só viveram uma vida santa, mas também chutaram alguns traseiros, ao mesmo tempo. Para aqueles de vocês que não conhecem os detalhes do que a santidade é aqui está um breve resumo, antes de começar a lista. Um santo é uma pessoa que viveu uma vida de virtude. Muitos santos da Igreja primitiva são santos por aclamação geral - em outras palavras, eles eram tão populares que eles simplesmente passaram a ser conhecidos como santos. Mas, desde muito cedo no cristianismo, um santo foi declarado como tal pelo papa (ou, no caso dos mártires, pelo Bispo local). Literalmente, o "santo" se refere a qualquer pessoa que está nos céus - não apenas aqueles assim chamados pela Igreja. Mas chega de detalhes - aqui estão dez santos que você não gostaria de se encontrar num beco escuro, caso tenha feito algo errado

10 São Francisco de Assis

Canonizado 16 julho de 1228, pelo Papa Gregório IX

Eu aposto que você não estava esperando para ver São Francisco na lista. São Francisco é mais lembrado na cultura popular como o padroeiro dos animais - o santo que podia falar com animais e acalmar as feras. Embora seja verdade que houve muitos relatos de milagres em relação aos animais na vida de São Francisco, ele é mais reverenciado na Igreja por causa de sua estrita pobreza, estigmas e os esforços para corrigir problemas na Igreja em tempos de crise. Mas o que a maioria das pessoas não sabe (incluindo muitos religiosos) é que São Francisco era tão devoto em suas crenças que ele foi para o Egito em 1219 para se tornar um mártir - ele esperava que ele fosse converter um grupo de muçulmanos e, em seguida, ser morto. Aquela era uma esperança de que quase se tornou realidade!

São Francisco foi recebido pelo Sultão Melek-el-Kamel, a quem ele queria converter, e sugeriu que seus alunos muçulmanos fossem submetidos a um teste da verdadeira religião pelo fogo. Eles se recusaram por isso São Francisco ofereceu para atravessar uma fogueira e, se ele fosse capaz de continuar intacto, eles teriam que concordar que Deus o havia protegido e que a sua era, portanto, a verdadeira religião. O sultão rejeitou sua oferta, mas ficou tão impressionado que ele deu a permissão de São Francisco para pregar o cristianismo livre em suas terras - uma concessão incrível considerando que o país estava no meio de lutar contra os cruzados do Ocidente. Este santo foi definitivamente um homem de aço.

9 São Luís IX

Canonizado 1297, pelo Papa Bonifácio VIII

São Luís foi o rei da França de 1226 até sua morte em 1270, e é o único Rei da França canonizado. Ele foi coroado Rei com apenas 12 anos de idade, após a morte de seu pai, o Rei Luís VIII. Por causa de sua juventude, sua mãe, Branca de Castela, governou a França como regente durante a menoridade. Ele passou duas cruzadas durante sua vida, uma nos meados dos trinta anos e outra por volta da casa dos 50 anos, o que não era tarefa fácil quando você considera como o período era violento e sangrento. A primeira começou com a captura de Port Damieta, em 1249, e foi para a Batalha de Fariskur, onde perdeu o seu exército e foi capturado pelos egípcios. Ele só foi libertado após um resgate de 400 mil libras foi pago (quase o dobro das receitas anuais da França), e o retorno da cidade de Damieta.

Talvez o mais significativo para o fato dele ser considerado ‘duro na queda’ para o Rei Luís foi de que todo o tempo ele estava lutando, ele usava um cilício (uma corrente de metal desgastado bem afiado para provocar dor e sangramento às vezes) ao redor das pernas e cintura. Então, quando todo mundo estava sofrendo por causa de cicatrizes de batalha, o rei estava sofrendo duas vezes. Seu fim veio em sua segunda cruzada, quando ele morreu - como todos os bons reis fazem - no meio de uma batalha sangrenta.

8 São Jorge

Século 4 dC

São Jorge é, sem dúvida entre os santos, um dos mais conhecidos nesta lista. Ele era um soldado romano do século III e um padre da Guarda de Diocleciano, que é venerado como um mártir cristão. Ele é considerado o santo militar mais importante e é um dos mais reverenciados no mundo ocidental. Jorge foi criado como cristão e decidiu em uma idade jovem que queria ser um soldado. Ele se juntou ao exército de Diocleciano e, em pouco tempo, foi um dos melhores soldados ao redor. Algum tempo depois, Diocleciano decidiu que todos os soldados que eram cristãos tiveram que renunciar à sua fé e tornar - sem pagãos. Jorge recusou-se (estou certo de que todos sabem onde isso vai dar). Diocleciano tentou convencê-lo a converter, porque ele não queria perder seu melhor soldado, mas Jorge recusou.

Reconhecendo a inutilidade de seus esforços, Diocleciano ficou com nenhuma escolha. Mas antes da execução Jorge deu a sua riqueza aos pobres e se preparou. Depois de várias sessões de tortura, incluindo laceração de uma roda de espadas, no qual ele foi reanimado por três vezes, Jorge foi executado por decapitação, antes da parede da cidade de Nicomédia, em 23 de abril, 303.

Mas acima de tudo ele é um ‘duro na queda’, porque ele matou um dragão ou assim diz a lenda. Aqui está a história de São Jorge e o Dragão:

“Na versão totalmente desenvolvida no Ocidente, um dragão ou crocodilo fez seu ninho na fonte que fornece água para a cidade de" Silene "(talvez Cirene moderna) na Líbia ou a cidade de Lida, dependendo da fonte. Por conseguinte, os cidadãos têm que desalojar o dragão de seu ninho por um tempo, para coletar água. Para isso, cada dia eles oferecem o dragão ovelhas e, se nenhuma ovelha pode ser encontrada, então uma jovem deveria ir, em vez das ovelhas. A vítima era escolhida por sorteio. Um dia, isso acontece com a princesa. O monarca implora pela vida de sua filha, mas sem sucesso. Ela é oferecida ao dragão, mas então aparece São Jorge, vindo de uma de suas viagens. Ele enfrenta o dragão, protege-se com o sinal da cruz, mata o dragão, e resgata a princesa. Os cidadãos gratos abandonam seu paganismo ancestral e convertem-se ao cristianismo. "

7 Santo Inácio de Loyola

Canonizado 12 de março de 1622 pelo Papa Gregório XV

Inácio de Loyola (Basco: Ignazio Loiolakoa, Espanhol: Ignacio de Loyola) (1491 - 31 de julho de 1556) foi um cavaleiro espanhol de uma família basca nobre, eremita, sacerdote desde 1537 e teólogo, que fundou a Sociedade de Jesus (Os Jesuítas) e foi seu primeiro Superior Geral. Santo Inácio foi um cavaleiro extremamente brilhante, que lutou em muitas batalhas, sem quaisquer ferimentos, até que um dia fatídico. Em 20 de maio de 1521, uma bala feriu uma das pernas e quebrou a outra. Imperturbável, ele se levantou e saiu mancando de volta ao castelo. Ele precisava de uma cirurgia que foi realizada sem anestesia. Parte do osso de sua perna teve que ser cortado. E a operação foi um desastre geral. Mas, apesar do fato de que ele acabou com uma perna mais curta que a outra (o que levou os médicos a colocar pesos sobre a perna para esticá-la de volta para fora), ele sobreviveu e passou a encontrar uma das mais famosas ordens religiosas no mundo (inspirado nos textos religiosos que leu enquanto se recuperava).

6 São Simeão Estilita

Século 5

São Simeão Estilita viveu por 37 anos em pé em cima de uma pequena plataforma sobre um pilar de vasta altura. Isso é suficiente para rotulá-lo como ‘duro na queda’. Antes disto, ele passou 40 dias fechado em uma pequena cabana, sem comida ou água. Quando ele saiu, foi saudado como um milagre. Os peregrinos reuniram para ver São Simeão e eles ergueram pilares cada vez mais altos para ele ficar e que no fim tinham 15 metros de altura. Ele viveu a pão e leite de cabra, desde que fosse entregue por crianças do local. Ele se recusou a deixar que alguma mulher chegasse perto do pilar (incluindo a sua mãe), mas deixava que algumas pessoas subissem uma escada para conversar com ele e pedir conselhos.

São Simeão, verdadeiramente cimentou seu nome nos anais da história ‘duro na queda’ quando chegou a ter uma úlcera na coxa que infeccionou e levou à sua morte - em pé.

5 Santa Joana d'Arc

Canonizada 16 de maio de 1920, pelo Papa Bento XV

" Avante! Eles são nossos! "Esse foi o grito de batalha de Santa Joana d'Arc, a jovem virgem, que liderou o exército francês a várias vitórias importantes durante a Guerra dos Cem Anos, que abriu o caminho para a coroação de Charles VII.

Em uma batalha, Santa Joana foi atingido no pescoço por uma flecha. Ao contrário da maioria dos homens na guerra, ela não aceitou deitada, ela deu a volta por cima, tirou a flecha e continuou a liderar o exército. Em outra batalha, enquanto escalava um muro para atacar o exército Inglês, ela foi atingida na cabeça por uma bola de canhão - como é de se esperar de um santo guerreiro, ela balançou a cabeça e continuou a subir. Sua liderança e estilo de batalha, foi de 100% ataque, venceu o exército Inglês.

Ela foi capturada pelos borgonheses, vendida para o exército Inglês, julgada por um tribunal eclesiástico e queimada na fogueira quando tinha dezenove anos de idade. 25 anos depois, o Papa Calisto III investigou o julgamento a pedido da mãe de Santa Joana, Isabelle Romée, e o Inquisidor Geral revogou e declarou que Joana era uma mártir. 500 anos depois ela foi oficialmente canonizada. E ao contrário da crença popular, Santa Joana não vestia roupas masculinas - ela lutou todas as suas batalhas em um vestido com uma armadura por cima. Depois ela foi declarada padroeira da França.

4 São Vladimir de Kiev

10 e 11 dC Séculos

Qual o santo tinha centenas de concubinas, várias esposas de todo o mundo, tantas crianças que todos perderam a conta, e um exército de pagãos? São Vladimir de Kiev! Vladimir foi o grão-príncipe de Kiev, que se converteu ao cristianismo em 988. Mas antes de sua conversão, desde o início do seu reinado em 980, conquistou terras, abateu pessoas, teve filhos e, diversas mulheres. Em algumas ocasiões ele, sendo um bom pagão, tomou parte nos sacrifícios humanos:

Em 983, depois de outro de seus sucessos militares, o príncipe Vladimir e seu exército pensava ser necessário sacrificar vidas humanas aos deuses. Um lote foi escolhido e entre eles estava Ioann, o filho do cristão, Fyodor. Seu pai era firmemente contra o sacrifício de seu filho aos ídolos pagãos. Mais do que isso, ele tentou mostrar a eles a futilidade da sua fé: "Seus deuses são apenas de madeira simples: ele está aqui agora, mas amanhã podem apodrecer em esquecimento; a teus deuses não há de comer, nem beber, nem falar e são feitos pela mão do homem a partir de madeira. e porque que não há só um deus? – O meu Deus criou os céus e a terra. E seus deuses? Eles não criaram nada, pois eles sim é que foram criados, nunca vou dar meu filho para o diabo”.

Curiosamente, foi este discurso que fez Vladimir parar e refletir sobre os anos que ainda viriam. E isso o fez decidir que deveria se converter ao cristianismo. O que ele finalmente fez. Ele governou tão gentilmente após sua conversão, que ficou conhecido como Vladimir, o Grande - muito longe de sua vida anterior.

3 São Moisés Negro

Século 4 dC

São Moisés, O Negro foi escravo de um funcionário do governo no Egito, que o demitiu por suspeitar de roubo e assassinato. Ele se tornou o líder de uma gangue de bandidos que percorriam o vale do Nilo, espalhando terror e violência. Ele era uma figura grande e imponente. Em certa ocasião, um homem foi apanhado em um roubo, o que irritou São Moisés imensamente. No dia seguinte, ele nadou através do Nilo (um ato não insignificante) com uma faca em sua boca - sua intenção era matar o cara. Quando chegou a casa, o cara tinha fugido (tendo, obviamente, ouvido algumas das façanhas anteriores de Moisés). São Moisés, ao invés disso, matou quatro das suas ovelhas antes de furar a faca na boca e nadar de volta. Pouco depois ele foi esconder-se em um mosteiro. A influência dos monges foi tão grande que ele se converteu e se tornou um monge.

Mas a história não termina aí. Alguns anos mais tarde um grupo de ladrões queriam roubar o mosteiro onde São Moisés estava vivendo. Ele pegou-os desprevenidos e sozinhos espancou todos. Ele arrastou seus corpos ensangüentados para o monge-chefe para perguntar o que fazer (sabendo que era certo matá-los). O chefe do mosteiro, disse para perdoá-los e enviá-los para longe, que surpreendeu os ladrões tanto, que todos pediram desculpas, converteram-se e se tornaram monges também! Ele acabou morrendo nas mãos de um grupo de guerreiros que atacaram o convento quando tinha 75 anos. Mas não antes de ter conseguido ajudar a fuga de 70 monges. São Moisés escolheu ficar para trás com alguns outros monges para lutar contra os guerreiros.

2 São Longino

Século 1 dC

São Longino foi um soldado do exército romano, de Cesaréia. Ele passou a vida ganhando sua pensão por brigar com seus companheiros ao longo das terras romanas, e acabou em Jerusalém para ajudar com várias tarefas que ele era capaz (ele era quase cego). Uma das tarefas foi a mudança de sua vida. São Longino foi orientado a assistir à crucificação de Jesus. Por ser um bom soldado romano levou seu trabalho a sério e, para assegurar que ele conseguiria uma promoção pelo bom trabalho, resolveu esfaquear o flanco de Jesus enquanto ele estava na cruz. Em outras palavras, Longinus estava esfaqueado Deus. É preciso ser um verdadeiro ‘duro na queda’ para ter a coragem de fazer algo assim.

O sangue e água que fluiu para fora da ferida atingiram os olhos de Longinus. Sua cegueira desapareceu e ele declarou: "Na verdade, este era o Filho de Deus!" [Marcos 15:39]. Imediatamente ele deixou o exército, converteu e se tornou um monge. Pouco tempo depois ele foi preso por sua fé, seus dentes arrancados e a língua cortada. No entanto, São Longino continuou a falar de forma clara e conseguiu destruir vários ídolos na presença do governador, que, conseqüentemente, mandou que decapitassem Longinus. Suas relíquias estão na igreja de Santo Agostinho, em Roma, e a lança que ele usou para esfaquear Jesus está contida em um dos quatro pilares sobre o altar da Basílica de São Pedro em Roma.

1 Santa Quitéria

Século AD 2

A classificação em primeiro lugar de Santa Quitéria, não está somente no fato de ser ‘dura na queda’, mas também pelas circunstâncias absolutamente estranhas de sua vida. Nove irmãs gêmeas. Nem menos. Os seus nomes cristãos foram-lhes dados por um dos primeiros bispos de Braga, Santo Ovídio, que as batizou por Quitéria, Genebra, Vitória, Marinha, Marciana, Germana, Basília, Liberata e Eufémia. Um batizado atribulado e clandestino. Porque o destino destas crianças deveria ter sido outro: mortas por afogamento. Passemos, com base na lenda e tradição, a explicar:

Corria em Braga o ano 120 quando o governador romano, o pagão Lúcio Atílio Severo, se ausentou da cidade para acompanhar o imperador Adriano numa das suas viagens. É durante a sua ausência que a esposa dá à luz nove gêmeas. Por vergonha de tal aberrante e estranho fato, ou então porque o nove era considerado um número agorento, a mãe ordena à sua criada Cita que, leve as crianças e as afogue no rio Este, nas proximidades de Braga.

Acontece porém que Cita era cristã e não conseguiu cumprir as ordens recebidas. Levou as crianças mas não as matou, entregando-as aos cuidados do arcebispo Santo Ovídio que, durante os anos seguintes, cuidou da sua proteção, alimentação e educação. Conhecedoras, desde cedo, da sua história e de como haviam sido salvas graças aos sentimentos e às atitudes cristãs, as nove irmãs decidem, com dez anos de idade, viver juntas e dedicar a sua vida ao cristianismo. Criaram, deste modo, e com a autorização de Santo Ovídio, como que um pequeno convento.

Decorria e incentivara-se, entretanto, a perseguição aos cristãos por parte das autoridades romanas. E assim não demorou muito tempo que, denunciadas como cristãs, fossem algemadas e conduzidas até à presença do governador Atílio Severo... seu pai. Desconhecedor de toda a história das filhas o romano é surpreendido pela revelação que estas então lhe fazem. E num rápido interrogatório à esposa e à criada confirma a veracidade do que as jovens lhe afirmavam.

O governador Severo fica, no entanto, contente com a descoberta, prometendo às filhas todas as felicidades e futuros casamentos com belos jovens, ricos e nobres. Teriam, no entanto, que renunciar à sua clandestina religião e abraçar o culto aos ídolos e deuses do Império Romano. Se recusassem o governador justificaria o seu nome e, severamente, teria que as punir, com a morte se necessário. Quitéria e as irmãs pedem, então, para ficarem sós durante algum tempo para em conjunto decidirem qual a sua opção. Mas a decisão, todas elas o sabiam, estava há muito tomada. Assim, e pela última vez, despedem-se umas das outras e fogem precipitadamente do palácio do pai.

A perseguição que o governador enceta às filhas resultará apenas na prisão de Quitéria. Conduzida de novo à presença do progenitor, a jovem é informada de que dispõe de mais alguns dias para desistir da sua religião. Esgotado esse tempo o pai comunica-lhe que a havia prometido em casamento a Germano, um jovem pagão, rico e nobre. Procurando ganhar mais algum tempo Quitéria pede então mais alguns dias de reflexão, oportunidade que lhe é concedida e aproveitada para, na companhia de 38 donzelas cristãs, fugir e se refugiar no Monte Pombeiro, perto da atual cidade de Felgueiras, no topo do qual existiria uma capela dedicada a S. Pedro.

Não conseguiu, no entanto, aí permanecer em segredo durante muito tempo. Descoberta pelas autoridades romanas, recebe vários emissários de seu pai intimando-a a aceitar o seu noivo Germano. A resposta e opção são, contudo, inabaláveis: recusa as ordens do pai afirmando-se esposa mística de Cristo. Assim, e perante tais recusas e atitudes Severo acaba por ordenar a Germano que cerque o local e execute os cristãos, incluindo Quitéria, tarefa de que se encarrega o próprio noivo ao decepar-lhe a cabeça no amanhecer do dia 22 de Maio do ano 135. Tinha a mártir 15 anos. Desses momentos trágicos, segundo a lenda, resultou a imediata cegueira dos criminosos e o facto milagroso da santa ter avançado para a sepultura pelos seus próprios pés e segurando a cabeça que lhe havia sido cortada.

Ainda segundo a tradição a “história” de Santa Quitéria e a sua associação ao monte sobranceiro a Felgueiras quase desapareceu com o decorrer dos séculos, mantendo-se, no entanto, no cume da elevação uma velha e pequena capela dedicada a S. Pedro. Contudo, em 1715 uma mulher de Braga, condenada à morte por um câncer de mama, desloca-se ao monte solicitando o auxílio da santa. Poucos dias depois a devota estava completamente curada. Estava, deste modo, (re)lançada uma fortíssima devoção e veneração a santa Quitéria que resultou, logo no ano seguinte, na colocação de uma sua imagem na velha capela de S. Pedro e, em 1719, no início da construção no local de um novo e mais grandioso templo capaz de receber o número crescente de romeiros. Apenas em 1734 se daria por concluída tal construção.

Entretanto, e paulatinamente, a festa originária e mais antiga que se celebrava no monte – a dedicada a S. Pedro, padroeiro da velha capela aí existente - passava a ser confundida com a de Santa Quitéria. Enfim.... a atribulada vida dos santos!

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Oração da Serenidade

Deus,
Dai-me a serenidade para aceitar as
coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.

Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina

Oração

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.