JANE ENTRE LINHAS: O PAPA NEGRO. De ERNESTO MEZZABOTA

O PAPA NEGRO. De ERNESTO MEZZABOTA

Eu ADORO Histórias e Estórias. Sejam quais forem e o que forem. O que cai em minhas mãos eu leio. Não tenho preconceitos. Mas me delicio principalmente com Histórias. E a saga dos Bórgias tem um apelo especial. Um período conturbado da igreja católica e uma família feroz e poderosa.

E também, os Bórgias, me remetem ao passado. A primeira vez que vi uma peça teatral adulta foi um ensaio aberto na Casa de Cultura Laura Alvin, com a peça - Lucrécia, O Veneno dos Bórgias. Eu devia ter uns 16/17 anos. E se não me engano quem interpretava Lucrécia era a Beth Goulart. E também teve outro detalhe da peça, que quem viu sabe. Mas aqui eu não vou dizer.

Jane

A Resenha:

A igreja católica, sexo, crimes, intrigas, a luta pelo poder, tudo nesse Raríssimo Livro. Narra à desenvoltura de acontecimentos no cenário da Europa do século XVI, onde o mundo era dominado pela Igreja Católica que se empunha ao Estado, dividindo com esse o poder, um detendo o poder atemporal e o outro o poder sobre as coisas e pessoas da Terra. Nesse cenário encontramos as lendárias e reais figuras dos gnósticos, cavaleiros templários (futuros maçons e rosa-cruzes), aliados e fieis ao rei e a igreja. Foram eles que congregaram no século anterior os homens em suas oficinas, marceneiros, pedreiros, carpinteiros, alfaiates, construtores e assim organizaram as primeiras sementes do que seria, séculos depois, o sindicalismo europeu e suas variantes. Os templários também são os inventores, se assim pode-se chamar, do cheque ao portador, da nota promissória, da duplicata, todas as ordens de pagamento destinadas a proteger o patrimônio do viajante que se atrevia ou necessitada de atravessar as estradas que cortavam a Europa daquela época, constantemente ameaçados por saqueadores de todos os gêneros. O Papa era Clemente III e o Rei era Felipe o Belo (da França), ambos, o papa e o rei, temiam a força da irmandade dos templários, bem como desejavam se apossar do tesouro que escondiam em suas lojas (templos). Os mestres templários guardavam todo o conhecimento gnóstico desde as imemoráveis épocas e os difundiam entre os iniciados, ao todo eram sete mestres grandes, chamados de sereníssimos, dentre eles destacavam-se as figuras de Inácio de Loyola e Jean Jacques Demolay, o primeiro era o mais culto e requintado, o segundo era o mais bronco, porem o mais disposto a lutar pela tradição dos cavaleiros. Inácio de Loyola, tomado por um sentimento de ganância, houve por bem trair seus companheiros, aliando-se ao Papa e ao Rei, para invadir os templos, saquear os tesouros e infringir sofrimento e morte aos demais irmãos; a resistência veio por parte de Demolay, que recolheu os filhos e sobrinhos dos templários, escondendo-os e assegurando a transmissão do conhecimento hermético para as gerações futuras. Loyola, por sua vez, em troca do sangue dos irmãos, exigiu para si, a criação e domínio de uma ordem dentro da igreja, denominando-a de ordem dos jesuítas, aos quais ensinou os segredos da alquimia, hipnose e invisibilidade dentre outros. Os jesuítas trocavam as indulgências aos cristãos católicos por informações confidenciais sobre a vida intima dos componentes da corte, assim, em pouco tempo, tinham formado uma rede de informações invejável, transformando-as em riqueza e poder, submetendo-se a eles, o próprio papa, que recebia ordens de Inácio de Loyola, o qual passou a ser conhecido como papa negro. Inácio se aliou a uma família muito importante na época, formado pelos mais vis assassinos, eram os Bórgias, destacando-se a multi-viuva Bórgia, que matava seus amantes, maridos ou namorados, com o veneno que transportava acondicionado no interior de um anel, o veneno era um pó, chamado de curara, muito utilizado pelos pigmeus africanos para matar ou paralisar seus inimigos ou animais durante as caçadas. Após cada crime, Inácio pessoalmente defendia a condessa Borges, evitando que a mesma fosse julgada. Todo o desenrolar de uma trama, em uma fina mistura épica, num cenário de muita violência, traição, vendetas, armadilhas, envenenamentos, levam o leitor a conhecer a verdadeira igreja católica daquela época e seu jogo pelo poder, bem como a resistência dos nobres cavaleiros do templo para resgatar e manter sua cultura e seus segredos. O Papa Negro imperou por toda a Europa Medieval e impôs a ordem dos Jesuítas inclusive ao Novo Mundo (América), alastrando a sua senda de terror pelo mundo todo, contrapondo cardeais, bispos, príncipes e reis. A ordem dos Jesuítas foi a semente embrionária da prelazia papal conhecida como Opus Dei, que agora se destaca no livro e filme Código da Vinci, conhecendo este livro, o leitor entendera muito melhor vários conceitos que são hoje discutidos, porem pouco conhecidos.

Resumo de: http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_1091.html

1 comentários:

Unknown disse...: Um dos melhores livros que ja li em toda minha vida, recomendo para todos.
Tive de comprar um exemplar de 1973 em um sebo, pois me recuso a ter esta obra apenas em pdf.; 4 de junho de 2012 às 15:40

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Oração da Serenidade

Deus,
Dai-me a serenidade para aceitar as
coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas
que eu possa, e sabedoria para
que eu saiba a diferença: vivendo
um dia a cada vez, aproveitando
um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como
um caminho para a paz; indagando,
como fez Jesus, a este mundo
pecador, não como eu teria feito;
aceitando que o Senhor tornaria
tudo correto se eu me submetesse
à sua vontade para que eu seja
razoavelmente feliz nesta vida
e extremamente feliz com o Senhor
para sempre no futuro.
Amém.

Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina

Oração

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.