Mosaico
Mosaico é possivelmente uma palavra de origem grega de mousaikón, "obra das
musas", embora a técnica seja antiquíssima. É um embutido de pequenas
peças tesselas de pedra ou de
outros materiais como plástico, areia, papel ou conchas, formando determinado
desenho. O objetivo do desenho é preencher algum tipo de plano geralmente, piso
ou parede. É uma modalidade de arte decorativa milenar, que nos remete à Antiguidade
greco-romana, quando teve seu apogeu. Na sua elaboração eram utilizados
diversos tipos de materiais.
A técnica da arte musiva consiste na colocação de tesselas, que
são pequenos fragmentos de pedras, como mármore e granito moldados com tagliolo e martellina,
pedras semipreciosas, pastilhas de vidro, seixos e outros materiais, sobre
qualquer superfície. Nos dias de hoje, o mosaico ressurgiu, despertando grande
interesse, sendo cada vez mais utilizado, artisticamente, na decoração de
ambientes interiores e exteriores. Em Portugal,
destacam-se os mosaicos das ruínas romanas de Conímbriga,
datados do século II d.C., além do "mosaico das
musas", da villa romana de Torre de Palma (século II - IV d.C.), em Monforte, e os
da villa romana de Milreu, no Distrito
de Faro, no Algarve - belos exemplares decorativos da
época romana.
Também são exemplos de mosaico o calçadão de Copacabana, a disposição dos pisos e azulejos
de uma casa, até mesmo algumas gravuras do artista holandês M. C.
Escher que tratam do
preenchimento do plano. Hoje, entre as principais figuras do mosaico
contemporâneo, destacam-se Marcelo
de Melo (Brasil), Sonia King
(Estados
Unidos) e Emma Biggs (Reino Unido).
História
O registro mais antigo data de 3.500 a.C., na cidade de Ur, na região da Mesopotâmia.
O "Estandarte de Ur" compõe-se de dois painéis retangulares de
55 cm, feitos de arenito avermelhado e lápis-lazúli. No antigo Egito,
havia preciosos trabalhos feitos em sarcófagos de antigas múmias;
também havia mosaicos que decoravam colunas e paredes de templos.
Entre os gregos, existiam pisos feitos com pedaços de
mármore branco ou de cor, embutidos numa massa compacta e muito resistente. Um
motivo que alcançou um certo sucesso na Grécia foi de pombas,
conhecidas como
"Os passarinhos de Plínio".
Em Roma esta arte começou no século I A.C. e foi largamente usada em pisos,
murais fontes e até painéis transportáveis. Em Pompeia especificamente,
Combinando harmonicamente elementos ocidentais e
orientais, deu origem a uma arte intelectualizada, onde o sentido de divino, de
sobrenatural, manifestava-se através de um original abstracionismo. Nunca o
mosaico teve tanto esplendor e foi tão largamente usado no mundo como nesse
período. No mundo islâmico,
a arte do mosaico teve importante aplicação na ornamentação de edifícios e
mesquitas. Um outro tipo de mosaico foi o de pequenas tesselas de madeira,
usado para decoração de móveis, caixas e outros objetos.
Eram também usados pedaços de marfim e madrepérolas.
No século XIX, caiu quase em abandono. Os estetas subdividiram a produção
artística em artes maiores (pinturas a óleo, afresco, têmpera e esculturas) e
em artes menores (cerâmica, esmalte sobre metal, tapeçaria e o mosaico). Mas o
brilho de suas tesselas não foi apagado pelo tempo, se sentido de pintura do
eterno, esperavam novamente o gênio e a mão do homem, para continuar a
policromia narração do sentir humano. Na América Central que esta forma de
decoração mais se difundiu, alcançando no México e no Peru suas mais perfeitas
realizações. No período moderno, o mosaico, arte mural por excelência,
conseguiu a metamorfose: parede-cimento-pedra-cor. Com isto, ele consegue
harmonizar a arquitetura moderna.
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