Dividido ao meio - Intersexo, hermafroditismo e ginandromorfismo bilateral

Dividido ao meio 

Condições intersexuais não são muito raras em humanos, dependendo de como você a define. Segundo a Sociedade Intersexo da América do Norte, uma em cada 100 pessoas têm corpos que diferem do padrão masculino ou feminino. As pessoas que estão visivelmente atípicas em seu sexo são cerca de uma em 1500 para uma em 2000.

Intersexo em pessoas podem ser afetadas pelos seus genes, hormônios e fisiologia, mas não há razão para que a testosterona possa afetar o corpo de forma assimétrica, como dito que ocorreu em Josephine-Joseph (foto) e Diane D'Elgar. 

Mas existe uma condição chamada ginandromorfismo bilateral  cria organismos que são do sexo masculino, de um lado e fêmea na outra. Esta condição é rara, mas não única. Foi descoberta em aves, insetos e crustáceos em todo o mundo. É recentemente inédita em humanos e pensa-se que ela ocorre de forma diferente em cada um dos grupos listados acima. Em insetos o mecanismo é bastante bem compreendido. Uma mosca com cromossomos XX será uma fêmea. No entanto, um embrião que perde um cromossomo Y ainda se desenvolve no que parece ser um macho adulto, embora seja estéril. Acredita-se que o ginandromorfismo bilateral ocorre quando dois espermatozoides entram em um ovo.

Um destes espermatozoides se funde com o núcleo do ovo e um inseto fêmea desenvolve. O outro espermatozoide desenvolve-se sem um outro conjunto de cromossomos dentro do mesmo ovo. Tanto um macho e uma fêmea do inseto se desenvolve dentro de um mesmo corpo.

Existem várias teorias a respeito de como isso pode ocorrer em outros animais, como pássaros. Alguns têm sugerido que o ginandromorfismo bilateral ocorre quando dois embriões separados se fundem no início do desenvolvimento – essencialmente o oposto de gêmeos idênticos, quando um embrião se separa em dois. Outra hipótese é que o ginandromorfismo em aves ocorre quando os cromossomos sexuais são incapazes de separar na primeira divisão celular após a fertilização. Outros sugerem que o erro ocorre na formação do próprio ovo, com um ovo acidentalmente terminado que transporta dois cromossomos, um de cada um dos sexos (pai e mãe), em vez do único conjunto de cromossomos. Se um ovo assim foi fertilizado por dois espermatozoides o embrião resultante conteria algumas células ZZ e algumas células ZW (aves do sexo feminino têm cromossomos ZW e os machos têm ZZ).

O ginandromorfismo nem sempre parece tão perfeito. Às vezes, os animais podem possuir uma colcha de retalhos estranha de diferentes células em todo o corpo – que pode ocorrer até mesmo dentro de uma única pena. Mas, às vezes, como na borboleta acima, o ginandromorfismo bilateral ocorre e você vê esta perfeita divisão entre as duas metades do corpo. Confira mais imagens de ginandromorfismo bilaterais no álbum abaixo.

Esta condição é muitas vezes encontrada em insetos, especialmente borboletas, e ocasionalmente é encontrado em aves. Isto é causado por um tipo de quimerismo, nos quais dois embriões de diferentes sexos se fundem para formar um indivíduo. Uma espécie de horror existencial, certo?

Este tipo de quimerismo pode acontecer em seres humanos, e tem. Há pessoas com um testículo e um ovário, no entanto eles são classificados como ginandromorfismo bilateral. Nossos traços exteriormente físicos são geralmente regulada por hormônios, que são distribuídos por todo o corpo simetricamente e uniformemente. Portanto, pode ter mais do que a testosterona é padrão, o que resultaria em um masculinização física do corpo, mas não de um dos lados. A morfologia sexual de aves, no entanto, é governada por genes.

Com a combinação certa exata de mutações e patologias, com uma condição que faz com que suas células reagem de forma diferente aos hormônios, e se essas células foram lateralmente polarizadas, alguém poderia aparecer superficialmente ginandromorfismo bilateral, talvez. Se este conjunto exato de circunstância viesse a ocorrer simultaneamente em um indivíduo, eu iria jogar na loteria.

Bobby Kork trabalhou em um “Show de Aberrações” em um circo como "hermafrodita", nas décadas de 1940-50s. Um hermafrodita uniformemente dividido, Bobby era um homem gay que dizia ser masculino à direita e feminino do lado esquerdo. Bobby também tinha uma divisão 50/50 de genitalia. Aparentemente muito mais masculino na personalidade e era bem conhecido por entrar em brigas com as pessoas que o chamavam de uma aberração.

No estilo de shows secundários, ele se dizia ser uma verdadeira “hermafrodita”, embora ele tenha falsificado a divisão vertical conforme o esperado no show-business, e tinha apenas um implante mamário. Ele era forte e bem capaz de bater em um espectador que desejasse acariciar a metade feminina.

Bobby também foi um travesti na sua vida privada, e também um fotógrafo. Ele acumulou uma pequena coleção de fotografias principalmente datadas de 1940-1954, caracterizado, e dos homens homossexuais do período da guerra. Esta coleção foi adquirida pela Universidade de Cornell. Ele morreu em meados dos anos 1900 de intoxicação alimentar.

A conclusão chegada sobre o intersexo, hermafroditismo e ginandromorfismo bilateral é que os dois primeiros tem comprovações em humanos e o segundo até a presente data só acomete à animais. então os conhecidos Josephine-Joseph, Diane D'Elgar e o próprio Bobby Kork não passavam de falsificações para os shows.