terça-feira, 27 de setembro de 2016

São Cosme e São Damião

Santi Cosma e Damiano ou Basílica dos Santos Cosme e Damião é uma igreja titular e basílica menor em Roma, Itália, dedicada aos dois irmãos, doutores, mártires e santos gregos, Cosme e Damião e localizada no Fórum de Vespasiano (em italiano: Forum della Pace). O cardeal-diácono protetor da diaconia dos Santos Cosme e Damião é Beniamino Stella, o prefeito da Congregação para o Clero da Cúria RomanaA basílica é a sede geral da Cúria da Ordem Terceira de São Francisco, cujos frades são encarregados do complexo e habitam o convento anexo.
Santi Cosma e Damiano ou Basílica dos Santos Cosme e Damião é uma igreja titular e basílica menor em Roma, Itália, dedicada aos dois irmãos, doutores, mártires e santos gregos, Cosme e Damião e localizada no Fórum de Vespasiano (em italiano: Forum della Pace). O cardeal-diácono protetor da diaconia dos Santos Cosme e Damião é Beniamino Stella, o prefeito da Congregação para o Clero da Cúria RomanaA basílica é a sede geral da Cúria da Ordem Terceira de São Francisco, cujos frades são encarregados do complexo e habitam o convento anexo.

História

O Templo de Rômulo foi dedicado pelo imperador romano Maxêncio ao seu filho Valério Rômulo, que morreu em 309 e foi deificado. É possível que o edifício tenha sua origem no Templo de Júpiter Estator ou no templo dedicado aos Penates e que Maxêncio o tenha apenas restaurado antes de re-dedicá-lo.

Ele foi cristianizado e dedicado aos santos Cosme e Damião em 527, depois que o rei ostrogótico Teodorico, o Grande (474–526) e sua filha Amalasunta doaram o edifício da biblioteca do Fórum da Paz ("Bibliotheca Pacis") e do Templo de Rômulo ao papa Félix IV, que fundiu os dois para criar a basílica e dedicou-a aos irmãos gregos para fazer frente ao antigo culto pagão dos também irmãos Castor e Pólux, venerados no vizinho Templo de Castor e Pólux. A abside foi decorada com um mosaico bizantino representando a "parúsia", a Segunda Vinda de Cristo no Juízo Final.

Os corpos dos santos Marcos e Marceliano foram transladados para lá, provavelmente no século IX, e foram redescobertos em 1583 durante o pontificado do papa Gregório XIII.

Em 1632, papa Urbano VIII ordenou a reforma da basílica. A obra, projetada por Orazio Torriani e dirigida por Luigi Arrigucci, elevou o piso em sete metros, nivelando-o ao Campo Vaccino (como era conhecido o Fórum Romano na época), evitando o problema crônico da infiltração de água. O piso antigo ainda pode ser visto na igreja inferior, que nada mais é do que a porção inferior da igreja original. O claustro também foi construído nesta época. Em 1947, as reformas nos Fóruns Imperiais deram uma nova estrutura à igreja. A antiga entrada, pelo "Templo de Rômulo", foi fechada e o templo foi restaurado à sua forma original; juntamente com o Panteão, é hoje o mais bem preservado templo romano em Roma. Uma nova entrada foi aberta do lado oposto (na via dei Fori Imperiali) e cujo arco dá acesso ao claustro e, através dele, à basílica por uma porta lateral.

Estrutura e arte

Perto da nova entrada ao complexo estão duas salas com o pavimento original de mármore do Fórum da Paz e com a parede na qual 150 lajes de mármore do Forma Urbis Romae estão penduradas. Pelo claustro, acede-se à igreja pela lateral da nave. O plano da basílica seguiu as normas da Contrarreforma: nave simples, com três capelas de cada lado e uma grande abside, que atualmente parece grande demais por causa de uma redução de altura realizada durante uma reforma no século XVII, emoldurada por um arco triunfal, também mutilado na mesma reforma.

Os moisaicos são obras-primas da arte bizantina dos séculos VI e VII. No centro está Cristo, com São Pedro apresentando São Cosme e São Teodoro (esquerda) e São Paulo apresentando São Damião e o papa Félix IV, que segura um modelo da igreja.

História da medicina

A importância desta basílica para a História da Medicina não está relacionada apenas ao fato de os dois irmãos terem sido médicos e terem se tornado os padroeiros de médicos, cirurgiões, farmacêuticos e veterinários, mas também por conta de uma tradição segundo a qual Cláudio Galeno em pessoa teria ensinado na Biblioteca do Templo da Paz. Além disso, por séculos, este foi o ponto de encontro dos médicos romanos.

História e Martírio dos Santos
De origem árabe, São Cosme e São Damião eram gêmeos, últimos de um grupo de cinco irmãos. Chamavam-se eles, pela respectiva ordem de idades: Antino, Leôncio, Euprédio, Cosme e Damião. Sua mãe ficou viúva depois do nascimento dos gêmeos e teve de cuidar, sozinha, ao sustento e educação da família. Ela se chamava Teodora e, conta a tradição, ter sido mulher de grandes virtudes. Cosme e Damião estudaram e praticaram a medicina. Eram de Índole simples e puros de sentimentos. Não empregavam a terapêutica tão usada naquele tempo de absurdas invocações, coisa que se pudesse supor como imbuídas de mágicas artes. 

Instruídos na religião cristã pela educação herdada de sua mãe, os Santos gêmeos insinuaram-se entre os pagãos e os catequizavam nos princípios da fé que os enobrecia em caridade e dedicação ao próximo. Tão grande e generoso foi seu desinteresse material que lhes deram a cognominação de anargyros, ou seja "inimigos do dinheiro" , na designação grega. Sua fama de médicos e virtuosos espalhou-se por todo o país.
Em Roma, Diocleciano e Maximiano tinham resolvido perseguir os cristãos até à exterminação total. E Lísia, nomeado procônsul do Império Romano em Egéia, Cilícia, na Ásia Menor, obstinou-se de igual modo, na política de perseguição aos que teimavam em professar a religião de Cristo. Levados á prisão, são flagelados. No meio dos seus sofrimentos, eles bendizem e oram ao Senhor, como resposta aos que os suplicam. Confessam não serem afetados pelas torturas inauditas. Acorrentados e atirados do alto de rochedos sobre as ondas encapeladas, anjos descidos das nuvens os salvam, levando-os à praia, de novo. Arremessados as chamas de uma fogueira crepitante, saem ilesos, enquanto as línguas de fogo se voltam contra seus algozes. Crucificados e flechados nos madeiros, eles são, mais uma vez, salvo por Deus que os ampara e protege. É então que, furioso com a invulnerabilidade dos mártires, até ali incólumes, e que cada vez mais confirmavam sua santidade, Lícias manda buscar, presos, para os torturar também, aos outros três irmãos. A crueldade do procônsul, nada consegue da constância daqueles mártires. A fé que lhes enobrecia as virtudes cristãs não os abandona, e eles suportam, resignados, a prova última... E cinco cabeça tingidas de sangue rolam na terra sequiosa pela semente do martírio!!..

Cosme e Damião são, talvez, no hagiológio católico, os santos de invocação popular mais disseminada e viva. Sua veneração aponta aos fatos mais antigos da Igreja. E quando São Felix (Papa Felix IV), nos anos de 526 a 530, resolveu trasladar para Roma Relíquias dos Mártires atendeu conscientemente ao reclamo do sentimento cristão imperante àquela época. São Felix ordenou que para instalação condigna, na terra, das relíquias dos Santos gêmeos se construísse uma igreja, a qual tomou a adjudicação relevante de um dos mais antigos títulos cardinalícios a ela vinculados.

Oração
São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. 

Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino do Céu". 

São Cosme e Damião, rogai por nós. Amém.


















Texto: Wikipédia e http://www.netluz.org/biografias2/bio/bio3.htm

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