Para além de Palmira: conheça seis sítios arqueológicos afetados
pela guerra na Síria
Juliana Sada e Rodrigo Valente | Barcelona - 29/12/2015 -
06h00
Krak des Chevaliers foi
bombardeado por governo sírio após ser tomado por forças opositoras, enquanto
outros locais sofrem com saques e destruição do EI
Quim Bahi / Flickr CC
Vista aérea das ruínas de Palmira
1. Palmira
A mais famosa ruína síria,
considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco desde 1980, é
conhecida por suas impressionantes construções. Palmira já tinha sido
danificada pelo conflito, mas as maiores perdas vieram com a ação do Estado
Islâmico. O arco triunfal e diversos templos, como de Bel e Baal-Shamin, foram implodidos.
Além disto, tumbas e estátuas monumentais foram destruídas ou saqueadas.
Chris Martin / Flickr CC
Ruínas de Palmira
Reibai / Flickr CC
Palmira
Reibai / Flickr CC
Palmira
2. Krak des Chevaliers
Arian
Zwegers / Flickr CC
Krak des Chevaliers
O mais célebre castelo
construído pelos cruzados no Oriente Médio está a 65 quilômetros da cidade de
Homs e era um dos destinos turísticos mais importantes da Síria. Em julho de
2013, a enorme construção de pedra erguida entre os séculos 12 e 13 foi tomada
por forças opositoras ao presidente Bashar al-Assad. Após bombardear o castelo
com aviação militar, o governo sírio conseguiu retomar o controle do local.
Segundo a Unesco, várias partes da construção sofreram graves danos e colapso parcial.
Varun Shiv
Kapur / Flickr CC
Krak des Chevaliers
Verity Cridland / Flickr CC
Krak des Chevaliers: Inscrições na parede do castelo
3. Centro Histórico de Alepo
Ed Brambley / Flickr CC
Vista de Alepo, a maior e umas das principais cidades da Síria
Palco de alguns dos mais
violentos combates da guerra civil, Alepo é a maior cidade Síria, assim como
uma das mais antigas. Entre os destaques do patrimônio, estão uma cidadela do
século 13 e uma mesquita do século 12, ambas impactadas pelo conflito. Segundo
a Unesco, a cidade, que é patrimônio mundial da humanidade desde 1986, tem
sofrido destruições regulares com bombardeios, explosões e tiroteio.
yeowatzup / Flickr CC
Pátio da mesquita Ummayad, em Alepo
yeowatzup / Flickr CC
Detalhe de construção em Alepo
watchsmart / Flickr CC
Vista da cidade de Alepo
4. Apamea
yeowatzup / Flickr CC
Ruínas da cidade de Apamea
As ruínas da cidade da época
clássica e bizantina de Apamea sofrem principalmente com os saques. O local já
era vítima antes da guerra, por não estar suficientemente protegido e por
conter cobiçados tesouros. Em 2012, a Interpol soltou um comunicado pedindo
cooperação para interceptar mosaicos romanos que haviam sido roubados de
Apamea.
upyernoz / Flickr CC
Ruínas da cidade de Apamea
upyernoz / Flickr CC
Ruínas da cidade de Apamea
upyernoz / Flickr CC
Ruínas da cidade de Apamea
5. Dura Europos
Institut for the Study of Ancient World / Flickr CC
Ruínas do templo de Artemis em Dura Europos
Assim como Palmira, esta
antiga cidade do vale do rio Eufrates fazia parte da rota comercial que ligava
o Mediterrâneo ao Extremo Oriente. Centro importante nos períodos helenístico e
romano, suas ruínas incluem pinturas murais, uma sinagoga e restos de um
baptistério cristão. O sítio foi alvo de saques e destruição pelo Estado
Islâmico.
Wikimedia Commons
Ruínas do templo de Bel em Dura Europos
David Holt / Flickr CC
Dura Europos
Institute for the Study of the Ancient World / Flickr CC
Ruínas de uma sinagoga em Dura Europos
6. Mari
peuplier / Flickr CC
Ruínas de Mari, na Síria
Esta importante
cidade-estado mesopotâmica da Idade do Bronze ficava no vale do rio Eufrates,
próxima à fronteira com o Iraque. Suas ruínas são compostas de construções de
adobe, muitas das quais voltaram a ser enterradas depois de escavadas e
estudadas. O sítio arqueológico já sofria com o abandono e, com o conflito,
passou a sofrer saques.
peuplier / Flickr CC
Ruínas de Mari, na Síria
Wikimedia Commons
Parte dos muros que cercam as ruínas de MariFonte: Opera Mundi
Nenhum comentário:
Postar um comentário