quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Eu e o banco

Um dia eu terei um filho. E eu tenho um sonho. Hoje, depois de tudo que passei durante o dia eu refleti enquanto esperava. Eu quero que meu filho, nesse país tenha tudo! E que pai não quer tudo para um filho? E enquanto eu via aquela figura altiva, que passava por mim de um lado para o outro, cabeça erguida, olhar ao horizonte (C.Piffer), que comandava milhões eu pensei: Também quero que meu filho seja assim! Então decidi! Quando ele estiver em processo de crescimento e escolha de carreira eu serei sua maior incentivadora! Eu quero meu filho como o homem que hoje disse para mim que tratava de milhões! Médico? Não! Esse país não dá valor aos seus profissionais da saúde! Advogado? Não! Quantos e quantos baixaréis existem por aí sem direito de advogar, pois a prova da OAB é inimaginável! Professor? Não! Uma das classes mais importantes para a formação de uma nação é simplesmente humilhada pelo governo. Eu quero! Quero muito mesmo! Que seu filho seja gerente do banco do brasil! Servidor público! Com estabilidade empregatícia! A altivez do gerente que me atendeu dizendo que tratava de carteiras acima de um milhão me encantou! Só tem um, porém; é uma profissão solitária, pois ele com ninguém falava, apesar de eu estar ali junto a meu pai esperando por mais de 20 minutos. E ele também nada fazia. Que triste e solitário isso é. E quando o abordei ele me olhou perplexo por causa da minha audácia, de me dirigir a ele assim, como se eu fosse alguém perante ele, quão orgulhoso ele era!
Bom, tirando o fato em que tive que me deslocar a um bairro distante para resolver um problema remoto, o banco e seus funcionários, eu não sei se por justamente a estabilidade de emprego, são, em sua essência um retrato de nosso porco país.


* não coloco país, brasil e governo em letras maiúsculas. A nação não merece.

* Espero o dia em que poderei dizer com orgulho a minha nacionalidade. 
Panem et circo

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