A história e a literatura estão cheias de
exemplos de grandes amizades: Sherlock Holmes e Watson, Dom Quixote e Sancho
Pança, John Lennon e Paul McCartney… Mas nem sempre a lealdade prevalece e
alguns casos tiveram um desfecho trágico. Conheça cinco grandes traições que
marcaram relações aparentemente inabaláveis.
Otelo e Iago
- 1603.
O poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare
sempre explorou a traição em suas peças: Rei Lear, Hamlet, Mac Beth… Mas foi a
falsa amizade de Iago na peça “Otelo, o Mouro de Veneza” que se tornou a mais
famosa de todas. Na história, Iago, alferes do general Otelo, se sente
injustiçado quando seu comandante nomeia outro para o posto de tenente. Decide
então se vingar, fazendo Otelo pensar que sua mulher, Desdêmona, o traiu. A trama
funciona e, consumido pelo ciúme, o general acaba matando-a asfixiada. Quando
descobre que tudo não passou de uma mentira de seu alferes, suicida-se.
Tiradentes e Silvério
- Minas Gerais, 1789.
Quando ainda era uma colônia de Portugal, o
Brasil protagonizou uma das grandes apunhaladas nas costas da história. Na
capitania de Minas Gerais, região de grande importância na época pela extração
de ouro, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, organizou um levante de
objetivos separatistas após a Coroa Portuguesa aplicar taxas abusivas. Quando
tudo parecia encaminhado, um de seus companheiros, Joaquim Silvério dos Reis,
delatou aos portugueses o movimento. Silvério ganhou posses e nomeações. Já
Tiradentes acabou enforcado e esquartejado. A independência do Brasil só viria
décadas depois, em 1822.
URSS e Alemanha
- 1941.
Poucas traições foram tão grandiosas a ponto de
envolver duas nações. União Soviética e Alemanha assinaram em 1939, às vésperas
da Segunda Guerra Mundial, o Pacto Molotov-Ribbentrop, ou simplesmente Tratado
de não-agressão germano-soviético. O pacto estabelecia que a Alemanha nazista
de Hitler e a URSS de Stálin não iriam interferir uma na outra em termos
bélicos. A ideia era que a Alemanha atacasse e anexasse a Polônia sem
intervenções soviéticas, enquanto apoiaria uma invasão soviética à Finlândia.
Ambos os ataques se concretizaram em 1939. Tudo parecia perfeito na amizade
entre os dois regimes, até que, em 1941, sem grandes explicações, Hitler atacou
os russos na Operação Barbarossa. A URSS, após tamanha traição, entrou de vez
na guerra ao lado dos Aliados. O resto é história.
César e Brutus
- Roma, 44 a.C.
Marcus Junius Brutus, membro da aristocracia
romana, lutou contra César ao apoiar Pompeu Magno nas guerras civis romanas,
mas foi posteriormente perdoado e nomeado pretor, como favorecido de Júlio
César. Contudo, a lealdade do general romano não durou muito tempo: ele
conspirou com Cassius, outro general, para a morte do imperador. Numa reunião
do Senado, César foi apunhalado, caindo aos pés da estátua de Pompeu. Suas últimas
palavras teriam sido “Tu também, meu filho?”, se referindo a Brutus. A versão
mais conhecida veio da peça de Shakespeare: “Até tu, Brutus?”.
Jesus e Judas
- Jerusalém, 33 d.C.
A maior traição da história está relatada na Bíblia: Judas Iscariotes,
um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, é o traidor mais famoso de todos os
tempos. Tanto que seu nome virou sinônimo de traidor. Por 30 moedas de prata
ele entregou Jesus aos romanos. Depois da última ceia, Judas o beijou no rosto,
o sinal que havia combinado com os soldados romanos. O fim da história todos
conhecem: Jesus foi crucificado. Judas teria se arrependido e acabou se
suicidando. A ironia é que a maior traição de todas talvez tenha sido, na
verdade, a maior prova de amizade: ao trair Jesus, Judas teria sido o único
apóstolo a ajudá-lo a cumprir com seu destino.
Fonte:http://humortalha.com/2013/01/conheca-5-grandes-traicoes-da-historia/
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