domingo, 2 de dezembro de 2012

O que foi vivido, jamais será esquecido


Estafada, dormi onze horas seguidas, acordei, me arrumei e fui para o trabalho. Na esquina não vi o ônibus que segue um trajeto direto e que me deixa na porta de onde precisava, peguei uma van, que me deixaria no metrô e de lá seguiria para o local. Começou ruim; só tinha eu na van sentei no primeiro banco da primeira fileira. Atrás de mim tinha uma menina de 6 anos, ao meu lado um menino de 4 e na frente o pai dirigindo a van, uma bebê de 10, 12 meses e a mãe da prole. As crianças onde eu estava não paravam de pular dentro da van, de um banco a outro, até por debaixo do banco o menino passou usando meus pés como alavanca. Agonia, agonia, era só o que passava em minha mente. Eu já havia pago minha passagem. Ainda dentro do bairro, vi o ônibus que eu queria, a van deu uma acelerada, eu olhei, a van, as crianças, o tumulto e o ônibus que brilhava na possibilidade de pegá-lo. Eu falei: _Moço pare aqui no JK!! Desci e peguei o ônibus. Ah! Sossego! Chegando ao local para pegar minha amiga que normalmente sai as duas, aconteceu um problema e ela saiu às três. Beleza. Fomos almoçar. Entreguei o presente de Natal: 50 tons de cinza (porn mom) por mensagem nesse meio tempo fui convidada para sair. Legal! Um convite! Aceitei, mas não marquei o local! Depois do almoço, fomos ao CCBB na exposição sobre Impressionismo. Fui ligar para marcar o locar e ficar tranqüila, aí percebi que meu celular havia morrido. Não, não usei a net, não ouvi músicas, nada! De manhã eu já havia reclamado que ele estava acionando comandos a revelia. Beleza!
Beleza nada, me bateu uma agonia sem tamanho de que da mesma forma que não gosto de esperar não gosto de fazer esperar, somente se for um imprevisto. A fila não andava, a agonia subia e eu pensava o que fazer? Falei Miguxa vamos deixar para outro dia? Aí resolvi sair do CCBB e abordei o organizador de filas e falei com ele: _ Tem um cyber café por aqui?
Ele:_ Tem café lá dentro!
Eu:_ Bato a mão no rosto e penso: Ai G-zuiz! Eu sei que tem café lá dentro! Já bebi café lá!!!!!
Miguxa (Glauce Nobre) vendo meu desespero falou com ele: Lanhouse! Ele Ah! Tem sim!!
Eu:_Onde? 
Ele:_Lá em baixo...
Eu:_Lá em baixo, onde? 
Ele:_Lá em baixo...
Eu:_Lá em baixo, onde? 
Ele:_Lá em baixo.
Eu:_Lá em baixo? Quantas quadras?
Ele:_03
Seria muito mais simples e eu gastaria muito menos do meu latim se ele soubesse o que era um cyber café e me dissesse que a lanhouse era à 3 quadras abaixo. Cheguei lá e entrei no facebook. Tenho horror à por senhas pessoais em computadores que não me pertencem ou não são de confiança. Tive que me render. Entrei, chamei no chat e nada, na conversa do chat procurei o cel dele. Liguei do celular de Miguxa e falei o mais rápido que pude: Castelo?
Ele:_Sei não
Eu:_Ai, metro da Carioca?
Ele:_Sei! Então tá, 18h15min lá.
Partimos para a sapataria, ganhei uma sapatilha linda de presente, a pior atendente da loja nos atendeu. Era sempre a cor errada, o modelo ou o número. A moça não dava uma dentro! E ainda tinha coragem de dizer:_Pode trocar!! Uma pessoa passa anos dando sapatos a alguém e sabe muito bem o tamanho do pé, compra uma sandália de diz:_Você troca, ok? (Sem cabimento!!!!!) E eu boba ainda explicava são presentes, e a moça se fazia de surda e dizia como uma máquina emperrada:_Pode trocar em qualquer loja, 30 dias para troca! Miguxa já surtando e eu boba tentando explicar o inexplicável para uma pessoa que não quer ouvir. Ok!
O zíper da minha calça quebrou. E era uma calça com um zíper lateral que estava segurando no carrinho se eu o soltasse ele não ia prender mais e a calça ia cair. Juro, nesse nível. Eu disse, Miguxa tenho que comprar uma calça, um legging, o que eu encontrar para sair dessa situação incômoda! Mercatto! Entramos e a vendedora nos atendeu: Oi, meu nome é Caleb. “Oi?” eu respondi. Caleb ela disse e eu, como? Miguxa o que ela falou? Caleb, calaaab, sei lá! Ela falou pensa no Jor-El! O pai o super-homem? Ela é! Aí ela virou irmã do super, filha de Jor-El. E Miguxa cadê a vendedora? Eu:_A filha de Jor-El? Foi pegar Leggings. E vai dar? Miguxa perguntou. Eu falei se não couber, me mato aqui na loja! Eu precisava vestir no provador. Expliquei para Jor-El Daugther que precisava sair da loja com a calça naquele momento. A irmã de super tirou o alarme enquanto eu me trocava Miguxa gentilmente pagava a calça para me adiantar. Quando pediu a nota rolou um pré linchamento que logo foi resolvido. Pedi um saco à irmã de super para por minha calça avariada, e já eram 18:00hs! Me despedi de Miguxa e parti para o metrô. Chegando no Largo da carioca eu lembrei que o metrô da Carioca tem 3 saídas. Putz! Putz! Putz! Pensei, como eu falei do Castelo, da Rio Branco vou ficar nessa saída. 18:15 e nada, 18:20 nada, eu pensei se der 18:30 meto o pé. Ele chegou. A primeira depois dos comprimentos eu perguntei:_Você me chamou para sair? Não foi? (o convite partiu dele, só para ficar claro e eu já havia passado uma situação e fiquei escaldada) Ele:_Sim! Eu disse, ok então! Onde vamos? Onde você quiser. Fomos para o amarelinho, comes e bebes, normal... Ele falou mal do meu tablet, fiquei chateada. Fui ao banheiro, na ida um garçom quase me derrubou, na volta não percebi o degrau na porta, quase caí, e ainda bati o a mão na quina de uma mesa. O garçom chegou ele pagou a conta. Fui para casa no ônibus com conforto, vendo The Mentalist em meu tablet que ele criticou. Aconteceram outras coisas que são de cunho mais pessoal e não cabem aqui em um blogg público, mas acho que fui bem clara e detalhista nesse dia que foi vivido e jamais será esquecido.

Ps1: Aviso aos meninos, quando estiverem tentando conquistar alguém, sejam antes de tudo cavalheiros. Nós somos modernas, trabalhamos, dividimos tarefas e obrigações, mas adoramos quando somos valorizadas! Depois de algum tempo, se necessário for, dividimos contas, na boa. Mas no ato da conquista pega mal rapazes. #ficaaíadica.

Ps2: Engraçado, quando minha pedra (celular) morreu eu me senti nua. É impressionante a dependência que criamos em algo que às vezes tem um pouco mais de 10 cm. Parece que estamos em outro planeta. No restaurante eu via as pessoas com celulares e pensava e o meu? Por que morreu? Há 10, 15 anos isso não existia! E as pessoas saíam, interagiam e não vigiavam seus pares. Como o hábito faz do bicho homem o que quer...


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