terça-feira, 14 de agosto de 2012

Quem escreve


Quem escreve, escreve sem querer, às vezes sem poder, até sem pensar. Escrever é um vício, que te puxa, te leva para outros lugares, novas vidas, outros braços, novos sonhos. Para alguns é inerente do ser, é algo que faz parte, a gente não pensa muito, não floreia, só faz, faz e faz, repetidamente como um trecho de uma valsa que se repete para que os casais possam rodopiar.
E não é isso viver? O rodopiar do existir? Ter a sensação de ser leve, o suave topor que invade o nosso ser? Nem sempre viver é algo leve. Geralmente duro e corrido, quando não drástico quando vemos uma pessoa adoecer. Mas escrever é como viver, um ciclo.
Só que sem fim. Há o início do hábito, bilhetes, cartas de amor, de dor, de fim como em um relacionamento, de início, como escrevemos os livros de bebês de nossos filhos livros estes que iniciam o registro de um ser que amamos e esperamos muito onde começa uma nova história.
O meio é toda nossa vida com tudo que escrevemos nela concretamente no papel ou subjetivamente que é o viver real. E o fim? Bom o fim é a única coisa que escrevem para nós. O nosso epitáfio onde consta que fomos filhos amados de alguém, cônjuge amado por alguém e geralmente querido por alguns. Os poucos, mas os bons e fiéis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário