Quem escreve, escreve sem querer,
às vezes sem poder, até sem pensar. Escrever é um vício, que te puxa, te leva
para outros lugares, novas vidas, outros braços, novos sonhos. Para alguns é
inerente do ser, é algo que faz parte, a gente não pensa muito, não floreia, só
faz, faz e faz, repetidamente como um trecho de uma valsa que se repete para
que os casais possam rodopiar.
E não é isso viver? O rodopiar do
existir? Ter a sensação de ser leve, o suave topor que invade o nosso ser? Nem sempre
viver é algo leve. Geralmente duro e corrido, quando não drástico quando vemos
uma pessoa adoecer. Mas escrever é como viver, um ciclo.
Só que sem fim. Há o início do hábito,
bilhetes, cartas de amor, de dor, de fim como em um relacionamento, de início,
como escrevemos os livros de bebês de nossos filhos livros estes que iniciam o
registro de um ser que amamos e esperamos muito onde começa uma nova história.
O meio é toda nossa vida com tudo
que escrevemos nela concretamente no papel ou subjetivamente que é o viver
real. E o fim? Bom o fim é a única coisa que escrevem para nós. O nosso epitáfio
onde consta que fomos filhos amados de alguém, cônjuge amado por alguém e
geralmente querido por alguns. Os poucos, mas os bons e fiéis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário