segunda-feira, 9 de julho de 2012

A transformação que o amor nos faz

Engraçado, vendo as fotos passadas e de agora não notei diferença física em mim. Está lá tudo no lugar como sempre, cabelos mesmo que de outra cor por enquanto, sorriso, nariz, queixo, orelhas, pele. Mas os olhos, ah os olhos, quanta diferença!
Meu olhar com você era um olhar de paz de quem era feliz e sabia. Algumas vezes tive essa sensação de ser feliz de saber ser feliz e que isso não retornaria, eu sabia, simplesmente sabia.
Hoje meu olhar é diferente, os cabelos estão lá, a pele, tudo, mas o olhar é diferente, há uma falta de brilho misturada a melancolia e a maturidade. A boca sorri, mas mesmo o sorriso espontâneo é diferente, não há a explosão de felicidade que era exalada pelos poros, por todo meu corpo. Não era só um sorriso, era um estado, uma condição, era a felicidade que saía da boca em forma de palavras, em pensamentos de o que fazer para sermos felizes. Em meu corpo que eu sentia mais bonito, atraente, por ti, para ti.
É isso que faz o amor conosco? Nos transporta a um estado de graça, uma felicidade sem fim e as vezes sem por que, sem um sentido racional? O amor não é racional e não precisa de uma explicação, ele só precisa ser sentido, manejado, embalado em nossa vida como um precioso filho em nossos braços. O amor é uma dádiva, como a que recebemos ao sermos pais. Não importa o que esse filho se tornará, é como o amor, não importa no que ele se transformará o que importa, o que realmente importa, é o que foi sentido, a sensação produzida e o que isso mudou, transformou, às vezes por definitivo em nossas vidas. 

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