Mulheres rezam sobre a
caixa contendo ossos que acreditam ser relíquias de São João Batista, na
catedral Alexander Nevski, em Sofia, novembro de 2010
Uma
ossada encontrada em uma igreja búlgara em 2010 pode, efetivamente, ser de São
João Batista, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford, Grã-Bretanha,
que submeteram os ossos a uma nova datação de carbono 14.
A
falange analisada em Oxford é, de fato, datada do século I, correspondente à
época em que o pregador, parente de Jesus, teria vivido, segundo diferentes
textos religiosos, indicou a universidade em um comunicado.
Reconhecendo a surpresa ao constatar a idade avançada da ossada, os cientistas destacaram, contudo, que esta datação não basta para autentificar a relíquia.
A descoberta ocorreu em 2010 por arqueólogos que faziam escavações em uma antiga igreja situada em uma ilha búlgara denominada Sveti Ivan, que significa, literalmente, "São João".
Do chão localizado perto do altar, eles extraíram um pequeno sarcófago de mármore contendo restos humanos - entre os quais uma falange, um dente e a face de um crânio -, bem como três ossos de animais.
Thomas Higham e Christopher Ramsey tentaram datar os ossos humanos, mas apenas um deles, a falange, ainda continha suficiente colágeno (uma proteína fibrosa) para permitir uma boa datação por carbono 14, forma de carbono radioativo, portanto instável.
"Nós ficamos surpresos que a datação tivesse revelado uma idade tão avançada. Nós pensamos que os ossos fossem mais recentes, talvez dos séculos III ou IV. Contudo, os resultados são realmente coerentes com qualquer um que tenha vivido no século I", declarou o professor Higham em um comunicado. "Se se trata de São João Batista ou não é uma pergunta que nós não podemos e provavelmente nunca poderemos responder", assegurou.
Outros cientistas, da Universidade de Copenhague, reconstituíram uma parte do genoma de três ossos. As sequências de DNA obtidas mostram que pertenceram a um único indivíduo, provavelmente do sexo masculino, portador de genes característicos do Oriente Médio, de onde São João Batista era originário.
Reconhecendo a surpresa ao constatar a idade avançada da ossada, os cientistas destacaram, contudo, que esta datação não basta para autentificar a relíquia.
A descoberta ocorreu em 2010 por arqueólogos que faziam escavações em uma antiga igreja situada em uma ilha búlgara denominada Sveti Ivan, que significa, literalmente, "São João".
Do chão localizado perto do altar, eles extraíram um pequeno sarcófago de mármore contendo restos humanos - entre os quais uma falange, um dente e a face de um crânio -, bem como três ossos de animais.
Thomas Higham e Christopher Ramsey tentaram datar os ossos humanos, mas apenas um deles, a falange, ainda continha suficiente colágeno (uma proteína fibrosa) para permitir uma boa datação por carbono 14, forma de carbono radioativo, portanto instável.
"Nós ficamos surpresos que a datação tivesse revelado uma idade tão avançada. Nós pensamos que os ossos fossem mais recentes, talvez dos séculos III ou IV. Contudo, os resultados são realmente coerentes com qualquer um que tenha vivido no século I", declarou o professor Higham em um comunicado. "Se se trata de São João Batista ou não é uma pergunta que nós não podemos e provavelmente nunca poderemos responder", assegurou.
Outros cientistas, da Universidade de Copenhague, reconstituíram uma parte do genoma de três ossos. As sequências de DNA obtidas mostram que pertenceram a um único indivíduo, provavelmente do sexo masculino, portador de genes característicos do Oriente Médio, de onde São João Batista era originário.
Ao lado do sarcófago, os arqueólogos
búlgaros também encontraram uma pequena caixa de tufo, uma rocha vulcânica, com
inscrições em grego antigo mencionando explicitamente São João Batista. O texto
em questão pede a ajuda de Deus para "nosso servo Thomas", que
segundo certas teorias teria ficado encarregado de levar estas relíquias para a
ilha búlgara.
A análise desta caixa revelou que ela
seria, possivelmente, originária da Capadócia, uma região da Turquia.
Para os cientistas búlgaros, as ossadas
provavelmente chegaram à ilha procedentes da Antióquia, cidade turca onde a mão
direita de São João foi conservada até o século X.
A liturgia faz-nos celebrar a Natividade de São João Baptista, o
único Santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o início do
cumprimento das promessas divinas: João é aquele «profeta», identificado com
Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o
povo de Israel para a sua vinda.
Depois de Nossa Senhora, talvez seja
João Batista o santo mais venerado pelos Cristãos.
Como a Santa Mãe de Deus, dele também
se celebra a data de dois nascimentos: para a vida terrena, em 24 de junho, e
para a vida eterna em 29 de agosto. Aliás, São João e Maria Santíssima eram
parentes bem próximos.
Já no Antigo Testamento encontramos
trechos que se referem a São João Batista, o Precursor: estrela da manhã que
com o seu brilho excedia o brilho de todas as outras estrelas e anunciava a
manhã do dia abençoado, iluminado pelo Sol espiritual de Cristo (Mal. 4:2). Ver
Isaías.
Por causa de suas pregações, São João
foi logo tido como profeta. Aquela categoria de homens especialmente escolhidos
pela Providencia que, falando por inspiração divina, prenunciam os
acontecimentos, ouvem e interpretam os passos do Criador na história,
orientando o caminhar do povo de Deus.
Os Santos Evangelhos referem-se a ele
como sendo um desses homens. Talvez como sendo o maior deles (Lc 7, 26-28), uma
vez que com São João Batista a missão profética atingiu sua plenitude e ele é
um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
Os outros profetas foram um prenúncio de
Batista. Só ele pôde apresentar o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo em
pessoa como sendo o messias prometido, o salvador e redentor da humanidade.
O Evangelista São Lucas nos conta que
João, o "Batista", o "Precursor", nasceu numa cidade do
reino de Judá, perto de Hebron, nas montanhas, ao sul de Jerusalém e que era
descendente do santo patriarca Abraão, iniciador da historia do povo de Israel.
Seu pai foi o sacerdote São Zacarias
(da geração de Aarão) e sua Mãe foi Santa Isabel (da geração de Davi), prima da
Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Lucas ressalta também as
circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento de João Batista:
Isabel, estéril e já idosa, viu ser possível realizar seu justo desejo de ter
um descendente quando o arcanjo São Gabriel anunciou a Zacarias, seu esposo,
que ela daria a luz a um filho. O menino deveria chamar-se João e seria o
precursor do Salvador.
Pela graça de Deus o menino não foi
morto no massacre dos inocentes quando milhares de crianças foram assassinadas
na região de Belém a mando de Herodes.
Alguns meses depois de engravidar-se,
Isabel recebeu a visita de Nossa Senhora: “Maria se levantou e foi às pressas
às montanhas, a uma cidade de Judá”. Entrou em casa de Zacarias e saudou
Isabel.
Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de
Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito
Santo.
E exclamou em alta voz: "Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta
honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação
chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio." (Lc
1:39-44).
Essas circunstâncias, impregnados de um
clima sobrenatural, foram preparadas sabiamente pela Divina Providencia para
que o papel de João Batista fosse realçado como precursor de Cristo. Esses
fatos aconteceram por volta do ano 5, antes de Cristo, no território onde
habitava a tribo de Judá.
Estando ainda em sua juventude, João
retirou-se para o deserto. Nesse ambiente austero, recolhido e afastado dos
homens ele preparou-se para sua missão. Vestido de pêlos de camelo e um
cinturão de couro, ele alimentava-se apenas de mel silvestre e gafanhotos. Com
jejuns e orações, colocou-se por inteiro na presença do Altíssimo, levando uma
vida extremamente coerente com seus ensinamentos. Permaneceu no deserto até por
volta de seus trinta anos quando iniciou suas pregações às margens do rio
Jordão.
A relevância do papel de São João
Batista reside no fato de ter sido ele o "precursor" de Cristo. Foi
ele a voz que clamava no deserto anunciando a chegada do Messias não cessando,
jamais, de chamar os homens à conversão: "Arrependei-vos e convertei-vos,
pois o reino de Deus está próximo". Em suas pregações Insistia sempre para
que os judeus, pela penitência, se preparassem pois estava próxima a chegada do
Messias prometido.
João passou a ser conhecido como
"Batista" por causa da importância que dava ao batismo, um ritual de
purificação corporal onde a imersão na água simbolizava a mudança de vida
interior do batizado.
Não deixava nunca de salientar aos seus
ouvintes e discípulos que "Depois de mim vem um homem que passou à minha
frente, porque antes de mim ele já existia! Eu também não o conhecia, mas vim
batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel".
João pregou também na corte de Herodes
Antipas, tetrarca da Galiléia. Foi ai que ele teve oportunidade de denunciar a
vida escandalosa que o governante levava. E foi também essa denuncia que serviu
de motivo para que João Batista fosse preso. Ele só não foi condenado à morte
nessa ocasião porque o tetrarca sabia da popularidade do já muito conhecido
pregador e temia a reação do povo diante dessa medida extrema.
Porém, como relata o evangelista São
Marcos (6: 21-29), aconteceu que durante as comemorações do aniversário de
Herodes, Salomé, filha de Herodíades - mulher com a qual o governante mantinha
um relacionamento irregular e imoral - agradou tanto ao aniversariante que este
prometeu atender qualquer pedido feito pela moça.
Instigada pela mãe, ela pediu a cabeça
de João Batista. Herodes cumpriu o que havia prometido: mandou degolar João
Batista e sua cabeça foi trazida numa bandeja e entregue a Salomé.
"Entre os filhos de mulher,
ninguém ultrapassa João Batista" (Lc 7,28): a vaidade, o orgulho, a
soberba, jamais encontraram lugar em seu coração. Por causa de sua austeridade
e de sua fidelidade cristã, ele foi confundido com o próprio Jesus Cristo, mas,
imediatamente, ele retruca: "Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante
dele." (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar a correia de sua
sandália". (Jo 1,27). João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo,
dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?"
(Mt 3:14).
Quando seus discípulos hesitantes não
sabiam a quem seguir, ele apontava na direção daquele que é o único caminho:
"Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).
E dava testemunho de Jesus: "Eu vi
o Espírito descer do céu, como pomba, e permanecer sobre ele. Pois eu não o
conhecia, mas quem me enviou disse-me: Aquele sobre quem vires o Espírito
descer e permanecer, é ele que batiza com Espírito Santo. Eu vi, e por isso dou
testemunho: ele é o Filho de Deus!”.
Oração a São João Batista
São João
Batista, fostes a voz que clamou no deserto: "Endireitai os caminhos do
Senhor... fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis e
do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias", ajudai-me
a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão
daquele que vós anunciastes com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus,
eis aquele que tira os pecados do mundo". São João Batista, rogai por
nós.
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Fonte: Yahoo!
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