quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O amor é realmente côncavo

Lendo um blog que encontrei na net, onde estou coletando imagens vi a ilustração de um casal unido em uma cama bem no meio dela. E o título era o “O amor também é côncavo”. Eu me lembro de um passado distante onde a cama era pequena para tamanho desamor, para tamanha repulsa recíproca. Eram brigas por um espaço que era sim o suficiente se houvesse amor, interesse e pele. Lembro que em um passado recente a cama era sim suficiente, pois a vontade era de ficar como na imagem, aninhados, abraçados, pele com pele, ouvir a respiração sentir o calor do outro. Mas isso acontece quando há interesse, vontade, reciprocidade. Não posso dizer que na primeira vez sempre foi assim não. Havia sim desejo, pele, vontade, mas esfriou as pessoas mudaram tanto que eram estranhos na mesma cama. Não era pra ser. Talvez fosse sim, só pelo tempo que foi. A segunda foi melhor até certo ponto, pois havia de uma das partes a vontade que desse certo, uma ilusão de felicidade, um desejo de que dessa vez seria sim, diferente, que finalmente seria a que duraria, a que perduraria. Mas não foi. Foi uma felicidade tão grande que não tinha tamanho! Os sorrisos eram largos de felicidade. Uma felicidade genuína que infelizmente durou pouco. Mas foi bom enquanto durou. Apesar da disparidade de tamanho dos pares a cama cabia perfeitamente, pois estávamos unidos bem no meio dela, sentindo pele com pele, respiração no ouvido, desejo, não luxúria, mas desejo puro. Que durasse. E durou. Foi para sempre enquanto durou. Mas acabou. E assim a vida segue, com outros pares e novas esperanças. A vida é feita disso. De esperança de que dessa vez será A vez, que esse amor, será O amor. Que te apoiará te completará sem que isso anule quem você é nem você a ele. Amor é complemento; é dar, doar, ceder, amar e esperar que tudo isso seja recebido de volta. O amor é uma cama padrão onde cabem dois perfeitamente e ainda sobra espaço. É dormir em paz sabendo que quem te abraça se importa te ama e te protege de tudo e de todos e você faz o mesmo por quem ama. Por que amar é um ato sublime.

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