Passado um período na sua vida, mesmo que se faça tudo para não levar as porradas que a vida costuma dar e mesmo assim sentimos doer na carne os flagelos que ela provoca. Eu no meu caso, parei e pensei. Será esse meu destino? Será isso que a vida tem a me oferecer? Cansei. Não quero mais saber, não quero arar chão seco.
Sinto-me como um lavrador que após anos na lida da terra seca percebe em um momento que nada ali vai frutificar. Os sulcos na terra são como nossas cicatrizes em nosso coração. São duras e secas e não será uma gota de satisfação momentânea que fará aquele chão ressequido florescer. Então foi decidido. Será assim de agora em diante. Será mantida uma distância segura das pessoas, principalmente as novas, das quais não sabemos as intenções. O chão seco de terra batida e sofrida ganhou. Será assim agora.
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