Ai! voltei a ouvir a trilha de Amelie... E fiz uma descoberta!
Independente, de meu estado de espírito se estou feliz ou não, ela me inspira. E nossa! Cada vez de uma forma diferente, influenciada, claro, pelos meus sentimentos. Estou vivenciando uma espécie de perda. Não que eu queira, mas estou.
É estranho não poder falar abertamente. Dar nomes, datas e acontecimentos. Mas venho vivendo em uma montanha russa de sentimentos desde que descobri a existência dessa pessoa. E ela me puxa como um ímã. Eu sei que é algo que acontece na outra pessoa também. Uma urgência que se mantém, mas não se concretiza. Um querer, um desejo sem fim... Mas há um medo, uma intimidação que passou de um para o outro... Primeiro um não conseguia. Quando se sentiu a vontade para tal, o outro se intimidou. O que intimidou? A personalidade, o raciocínio, a inteligência? Poxa! quando achei que as coisas iam ficar fáceis, elas se retraíram. O sentimento está lá, forte, até mesmo a distância. Clama! Não deixa dormir e te faz acordar sem nem mesmo um porque.
Mas, o medo paraliza e não deixa o que deve ser vivido acontecer. Por quê? Por que tanto medo de ser feliz? Será o medo de ter em suas mãos a felicidade do outro?
Mas, já parou para pensar que esse medo é sentido pelo outro também? Mas em vez de paralizar ele estimula as descobertas que ainda virão? Medo de tentar? De ser amado? De se sentir feliz e protegido?
Fácil é se sentir superior. Fácil é quando você não tem que lidar de igual para igual. Mas quem tem coragem sabe lidar com a igualdade de intelecto. Isso não deveria ser algo que amedrontasse. E sim que atraísse. O que é melhor? Alguém que fala amém para tudo ou alguém que vai sentar com você e conversar sobre as possibilidades de acertos. Amém para tudo é chato. É comum, enfadonho e acaba por se tornar desinteressante. Bom é quando você pode conversar sadiamente com uma pessoa de igual para igual. Cede-se em um momento e no outro é o par quem cede. É saudável, é adulto. A vida a dois para mim é assim. De comum acordo, mesmo que agora eu ceda para você, até porque você talvez tenha razão e esteja tendo uma visão melhor da situação. Em algum momento serei eu. Vida a dois deve ser assim. Suave, tranqüila, equilibrada. Sem atropelos, sem crises, sem dramas. Com amor e respeito pelo outro, suas escolhas seus desejos.
Por isso que as relações hoje não dão certo. As pessoas não enxergam o outro. Só a si mesmos e suas vontades. Vivem como se tivessem seis anos para sempre! Não sabem que vida a dois é como uma dança há movimento, não é estático, duro ou intransigente. A vida a dois é basicamente uma troca. E se dá quando você decide trocar a vida em que você é um, e somente um, por uma vida aonde dois tornam-se de verdade um. Só que deixar isso acontecer requer coragem e maturidade. Tenha coragem de ser feliz.
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