Voltei a ouvir a músicas francesas do filme de Amelie... Mas há uma diferença em mim da primeira vez para essa. Não sinto a pressa que me queimava e oprimia o peito. O intangível não me afeta mais. Vivo sim, agora, como uma folha ao sabor do vento e não mais em um rio caudaloso. Mas ao sabor do vento!
E é um vento suave. Deixo-me levar para lugares e situações novas; novas experiências! Consequentemente, novas pessoas entram e saem da minha vida, como rodamoinhos. Pequenos tornados no meu viver. Mas a vida é assim para todos, não? Quando não temos total certeza nos deixamos levar. Às vezes isso é bom, às vezes não. Depende de quem nos acompanha em nossa jornada. Sempre queremos erradamente, o que se assemelha mais.
Porque, tentar entender algo que não nos é igual dá trabalho, exige de nós esforço, boa vontade, paciência e tolerância. Mas não são os opostos que se atraem? Não são as diferenças que dão colorido a vida? O descobrir, às vezes até semelhanças aqui e li, mas nunca um reflexo de nós. E na maioria das vezes essas diferenças se completam e são felizes. Crescem juntos, unindo forças opostas e prosperam. Mas para enxergarmos isso precisamos querer e ter coragem de romper com o que nos é habitual.
O que nos é familiar torna-se enfadonho, pois olhamos e vemos a nós mesmos e não o outro que é o certo. O querer deve ser complementar e bilateral. Dormir e ao acordar olhar a silhueta do outro a ressonar e pensar: como pode? Como posso amar tanto o que não me é familiar? Do que não é igual a mim?
Sabe por quê? Por que, o que não é igual é o que te completa, é o que preenche o que te falta, o que fazem dois tornassem um. O que dá a base sólida a um relacionamento feliz e duradouro.
Jane
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