E ele me tinha; eu queimava. Mas a sensação de queimar era aceitável. Parecia estranhamente apropriada a mim. Eu havia entregue muito, mais do que havia esperado. E aqui estava ele, ainda voluntariamente ao meu lado. Eu devia algo em retorno a isso. Um sacrifício. Uma oferenda numa fogueira.
Se eu pudesse ao menos mantê-lo assim; apenas queimando, e nada mais. Mas o veneno enchia minha boca, retesava meu maxilar e meus músculos tencionavam em antecipação, como se eu estivesse numa caçada...
Eu tinha que manter tais pensamentos fora da minha cabeça. E eu sabia que o que me distrairia.
- Agora - eu lhe disse, o medo de sua resposta ultrapassando a dor de queimar. - É a sua vez.
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