
Mas, Tetê, educadíssima, como sempre, nunca me cobrou, eu é que na verdade fiquei incomodada com a demora e dizia: - Estou lendo, não se preocupe, estou cuidando bem dele. Como gosto que façam com as coisas que empresto. Ela já havia me avisado, é muito triste.
E como não haveria de ser? Década de 40, na Alemanha Hitlerista, a vida dos civis que sofreram como todos que sofrem com as guerras mesmo sem irem para o front.
Fome, racionamento, aliciamento, obrigatoriedade, conivência. Estava eu, comentando sobre o livro no almoço e pensei como um país inteiro deixa-se levar pela loucura de um só homem? (Aqui no Brasil, é mais ou menos assim com o que temos. O monoglota com sonhos didatoriais do PT).


Todo mundo sofreu! Os judeus foram quase aniquilados por completo um absurdo sem precedentes!
Mas a massa pobre alemã, também sofreu muito com esse período. Foram muitas vidas sacrificadas em nome de uma loucura. Porque, o que esse homem fez não pode ser menos do isso. Ele era louco!
Os que concordavam com ele eram também loucos, os que não concordavam, mas participavam, eram covardes ou obrigados a participar e quem não concordava era obrigado participar de alguma forma.
O livro, conta pelos olhos da morte o crescimento de uma órfã alemã,
Liesel. Tudo que conquistou quando adotada (um pai e uma mãe que a amaram), e tudo que perdeu. E isso foi absolutamente TUDO.

Seu crescimento, seu primeiro amor Rudy, a amizade de Max, o descobrimento das palavras e sua relação de amor e ódio por elas. Sua salvação.

Mas quando o fato em si acontece, ela mostra-se pelo menos a meu ver piedosa, caridosa, quase poética.

Eu recomendo.

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