terça-feira, 24 de agosto de 2010

a menina que roubava livros

Hoje eu terminei de ler o livro “A menina que roubava livros” que Tetê me emprestou. Com meu estado de espírito atual (que já dura uns 06 meses...) eu achei que levei muito tempo para lê-lo.

Mas, Tetê, educadíssima, como sempre, nunca me cobrou, eu é que na verdade fiquei incomodada com a demora e dizia: - Estou lendo, não se preocupe, estou cuidando bem dele. Como gosto que façam com as coisas que empresto. Ela já havia me avisado, é muito triste.

E como não haveria de ser? Década de 40, na Alemanha Hitlerista, a vida dos civis que sofreram como todos que sofrem com as guerras mesmo sem irem para o front.

Fome, racionamento, aliciamento, obrigatoriedade, conivência. Estava eu, comentando sobre o livro no almoço e pensei como um país inteiro deixa-se levar pela loucura de um só homem? (Aqui no Brasil, é mais ou menos assim com o que temos. O monoglota com sonhos didatoriais do PT).

Todo mundo sofreu! Os judeus foram quase aniquilados por completo um absurdo sem precedentes!

Mas a massa pobre alemã, também sofreu muito com esse período. Foram muitas vidas sacrificadas em nome de uma loucura. Porque, o que
esse homem fez não pode ser menos do isso. Ele era louco!

Os que concordavam com ele eram também loucos, os que não concordavam, mas participavam, eram covardes ou obrigados a participar e quem não concordava era obrigado participar de alguma forma.

O livro, conta pelos olhos da morte o crescimento de uma órfã alemã, Liesel. Tudo que conquistou quando adotada (um pai e uma mãe que a amaram), e tudo que perdeu. E isso foi absolutamente TUDO.

Seu crescimento, seu primeiro amor Rudy, a amizade de Max, o descobrimento das palavras e sua relação de amor e ódio por elas. Sua salvação.
A morte não tem rodeios (como haveria de ter?), comporta-se como se espera que a morte se comporte, conta quem vai morrer com antecedência e total falta delicadeza, rude até, como seria a morte realmente, se pudéssemos afirmar.

Mas quando o fato em si acontece, ela mostra-se pelo menos a meu ver piedosa, caridosa, quase poética.

Para quem suporta livros tristes (de certo ponto de vista), vale à pena ler. Um escritor novo de Sidney Markus Suzak, extremamente talentoso.
Eu recomendo.



Ps. Depois eu conto como foi a minha experiência com “Meu pé de Laranja Lima” e um livro de Agatha Christie que continha mais mistérios do que eu poderia supor.




































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